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Justiça do Rio anula medidas de restrição; prefeitura vai recorrer

Decisão abrange todos os decretos editados pela prefeitura para conter o avanço da pandemia de covid-19

foto do Calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro (Allan Fraga/Wikimedia Commons)

foto do Calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro (Allan Fraga/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de maio de 2021 às 13h18.

Última atualização em 5 de maio de 2021 às 13h21.

A Justiça do Rio declarou nulos todos os decretos da Prefeitura da capital que tratam de medidas restritivas para tentar conter o avanço da pandemia de covid-19. A decisão, da juíza Regina Lúcia Chuquer de Almeida Costa de Castro Lima, da 6ª Vara de Fazenda Pública, é válida para decretos em vigor e futuros. A Prefeitura do Rio informou que irá recorrer da decisão.

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Com a determinação da Justiça, o acesso às praias cariocas nos finais de semana, por exemplo, volta a ser liberado, bem como a permanência de pessoas na rua entre 23h e 5h da manhã.

A decisão da Justiça atendeu à ação popular proposta pelo deputado estadual Anderson Moraes (PSL). No pedido, ele alegou que os decretos representam a violação de direitos fundamentais da população. O despacho dessa terça estendeu determinação anterior, publicada no mês de abril, mas que não citava o decreto 48.761, que já estava em vigor e que prorrogava as medidas restritivas na cidade.

Regina Lúcia Chuquer ressaltou na decisão mais recente que "admitir a manifestação do MP-RJ e do Chefe do Executivo como forma de gestão municipal seria admitir que o Poder Judiciário descumpra a Constituição, no seu arcabouço maior - os direitos fundamentais, o que de todo, é impossível".

Além de recorrer da decisão, a Prefeitura do Rio informou em nota que "a decisão do TJ-RJ alcança apenas os decretos municipais. Até que seja peticionado e analisado o recurso da Procuradoria do Município, na cidade do Rio serão consideradas as medidas restritivas do Estado".

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