Brasil

Justiça manda soltar dois investigados na Operação Lava Jato

A decisão foi tomada após o juiz Sergio Fernando Moro aceitar nesta quinta-feira mais duas denúncias do Ministério Público contra sete acusados


	Dinheiro: de acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os acusados movimentaram mais de R$ 10 bilhões
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Dinheiro: de acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os acusados movimentaram mais de R$ 10 bilhões (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 20h29.

Brasília - O juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, concedeu liberdade a dois investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Em troca da liberdade, Moro impôs restrições aos acusados para evitar que as práticas dos crimes continuem.

A decisão foi tomada após o juiz aceitar nesta quinta-feira (24) mais duas denúncias do Ministério Público contra sete acusados.

De acordo com o juiz, Raul Henrique Srour e Carlos Alexandre de Souza, acusados de operações ilegais no mercado negro de câmbio, podem responder às acusações em liberdade, mas não poderão mudar de endereço sem autorização da Justiça, deixar a cidade de origem por mais de 20 dias, e devem entregar os passaportes.

O juiz também fixou fiança de R$ 7,2 milhões para Srour.

Os dois acusados estão proibidos de manter contato com o doleiro Alberto Youssef, acusado pelo Ministério Público de chefiar o grupo criminoso. Ele está preso desde o mês passado. Ontem (23), a Justiça também abriu ação penal contra o doleiro.

Deflagrada no dia 17 de março, a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, desarticulou uma organização que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal.

De acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os acusados movimentaram mais de R$ 10 bilhões.

Segundo a polícia, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas, além de desvio de recursos públicos.

A operação foi intitulada dessa forma porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoCrimecrime-no-brasilEscândalosFraudesLavagem de dinheiroOperação Lava JatoPolícia Federal

Mais de Brasil

Em depoimento ao STF, Cid diz que Bolsonaro 'sempre buscou fraude nas urnas'

Ao STF, Cid diz que Zambelli e Delgatti debateram fraudes nas urnas com Bolsonaro antes da eleição

Cid diz ao STF que recebeu 'dinheiro' de Braga Netto em plano para monitorar Moraes

Greve de caminhoneiros em Minas Gerais ameaça abastecimento de combustível