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Kassab promete desocupar áreas sob construções

De acordo com o prefeito, que está de saída, o governo vai retirar todas as favelas, barracões de escolas de samba e demais ocupações que estão sob viadutos da cidade


	"Vão sair, como têm saído", disse Kassab, sem mencionar prazos nem explicar como se dará a remoção
 (Divulgação/Prefeitura de São Paulo)

"Vão sair, como têm saído", disse Kassab, sem mencionar prazos nem explicar como se dará a remoção (Divulgação/Prefeitura de São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2012 às 18h09.

São Paulo - A três meses de deixar o governo, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) afirmou na terça-feira (18) que vai retirar todas as favelas, barracões de escolas de samba e demais ocupações que estão sob viadutos da cidade. "Vão sair, como têm saído", disse o prefeito, sem mencionar prazos nem explicar como se dará a remoção. Hoje, são pelos menos 22 comunidades nessa situação, conforme levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com dados obtidos na Secretaria Municipal da Habitação.

Só nas Marginais do Tietê e do Pinheiros há dez loteamentos debaixo ou muito próximo de viadutos. São locais como as Favelas Tiquatira e do Areião - esta na saída para a Rodovia Castelo Branco, no Jaguaré, zona oeste. Lá, cerca de 300 famílias dividem espaço ao lado dos trilhos da CPTM - a Linha 8-Diamante passa muito perto dos barracos.

Há 12 anos na comunidade, o catador Daniel Martins de Camargo, de 55 anos, diz que ainda não se acostumou com o barulho do trem. "É muito alto, me incomoda, mas não tenho para onde ir. Essa história de que vão tirar a gente daqui é antiga, e até hoje foi só enrolação", disse.

Com barracos de madeira à beira da Marginal do Pinheiros, a favela não faz parte do Previn. Não há hidrante nem extintor nas vielas fechadas que abrigam mais de 1,5 mil pessoas. "Aqui, se pega fogo, só temos balde com água." Moradores ainda reclamam que não estão cadastrados em programas habitacionais.

Exceção

De acordo com Kassab, o plano de retirada não inclui os equipamentos que a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social mantém sob viadutos, como os espaços de convivência na região do Parque Dom Pedro II, no centro. "São pessoas que não moram lá", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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