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Lava Jato vai investigar concessões de aeroportos

Para investigadores, lista de 750 contratos alvo dos negócios ilícitos de Youssef reforçou a necessidade de apurar áreas de infraestrutura como a de transportes


	Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro: obras de adequações de 2008 estão sob suspeita
 (David Silverman/Getty Images)

Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro: obras de adequações de 2008 estão sob suspeita (David Silverman/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2014 às 08h17.

São Paulo e Curitiba - As concessões e obras em cinco aeroportos, entre eles o de Viracopos, em Campinas (SP) - parte do primeiro pacote de transferência de infraestrutura para a iniciativa privada no governo Dilma Rousseff, em 2012 - estão na mira das novas etapas de investigação da Operação Lava Jato. A força-tarefa que apura fraudes, desvios, corrupção e propina na Petrobras vai buscar a partir de janeiro os "crimes transcendentes" do esquema, conforme suspeita o juiz federal Sérgio Moro.

Lista de 750 contratos alvo dos negócios ilícitos do doleiro Alberto Youssef reforçou, na avaliação dos investigadores, a necessidade de apurações em setores de infraestrutura como o de transportes. Além do Aeroporto de Viracopos, que já aparecia nas investigações, estão sob suspeita as obras de adequações no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em 2008; do Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, em 2011; do Aeroporto Eduardo Costa, em Manaus, e a concessão estadual do Aeroporto de Feira de Santana, na Bahia, em 2012. Três dessas obras (Confins, Galeão e Manaus) estão na lista de 750 contratos apreendida com Youssef.

A soma dos valores registrados como preço da intermediação chega a R$ 11 bilhões. Só com os três contratos que constam na lista de Youssef (Confins, Galeão e Manaus) ele pode ter recebido R$ 4,4 milhões.

Na semana passada, ao rejeitar pedido de revogação da prisão de executivos de empreiteiras, Moro escreveu que "embora a investigação deva ser aprofundada" em relação a outras áreas, "é perturbadora" a apreensão da planilha de Youssef, sugerindo que os crimes do esquema "transcenderam a Petrobras". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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