Brasil

Lei brasileira não prevê que governo pague translado de jovem morta em vulcão na Indonésia

O ex-jogador de futebol Alexandre Pato se ofereceu para pagar os custos para a família da jovem. Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta na terça-feira depois de cair em penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia

Juliana Marins: família e amigos da brasileira terão que arcar com os custos para trazer o corpo da jovem para o Brasil (resgatejulianamarins/Instagram)

Juliana Marins: família e amigos da brasileira terão que arcar com os custos para trazer o corpo da jovem para o Brasil (resgatejulianamarins/Instagram)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 25 de junho de 2025 às 15h58.

Última atualização em 25 de junho de 2025 às 16h44.

O translado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior não pode ser custeado com recursos públicos, segundo a legislação brasileira. Na última terça-feira, 24, a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta depois de cair em penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia. 

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, afirma que o artigo 257 do Decreto n° 9.199/2017 determina que a assistência consular não inclui o pagamento de despesas com sepultamento e translado de corpos de brasileiros falecidos no exterior, nem despesas com hospitalização, exceto em casos médicos específicos e atendimento emergencial de caráter humanitário.

O Itamaraty diz que, em caso de falecimento, as embaixadas e consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais.

Com isso, a família e amigos da brasileira terão de arcar com os custos para trazer o corpo da jovem para o Brasil. Juliana foi encontrada cerca de 600 metros abaixo da trilha, quatro dias depois do início do resgate.

Juliana fazia uma trilha no Monte Rinjani, na madrugada de sábado, 21, quando caiu da borda da cratera do vulcão. Nos dois primeiros dias, drones com sensores térmicos não encontraram Juliana. Apenas na manhã de segunda-feira, 23, ela foi localizada.

Na terça-feira, um helicóptero foi enviado à região, com uma equipe de resgate com grupamento especial da Basarna. Segundo a agência, as condições meteorológicas e geográficas atrapalharam o salvamento. Isso porque a brasileira estava a uma profundidade de 500 metros, o que dificultou a chegada de ajuda por meio de cordas.

Alexandre Pato se oferece para pagar translado

Em meio à comoção da morte da brasileira no exterior, o ex-jogador de Internacional, Corinthians, Milan, São Paulo e seleção brasileira, Alexandre Pato, se ofereceu para pagar o translado do corpo de Juliana Marins. Segundo o site ge.com, o jogador está em contato com a família da vítima.

Acompanhe tudo sobre:ItamaratyIndonésiaMortes

Mais de Brasil

Brasil e Itália terão acordo inédito para investigar máfias de forma conjunta

Jurerê Internacional é eleita melhor praia urbana; prêmio reforça virada no balneário

Cármen Lúcia: ‘Não é possível que se permitam anúncios e não a responsabilidade sobre os conteúdos’

Cid nega à PF autoria de mensagens trocadas pelo Instagram com advogado de réu na trama golpista