Brasil

Lewandowski rejeita pedido para afastar Renan da relatoria da CPI da Covid

Na decisão, Lewandowski destacou que a escolha de relator é uma atribuição reservada ao próprio Legislativo e não caberia ao Judiciário intervir

À mesa, relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL). (Jefferson Rudy/Agência Senado)

À mesa, relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL). (Jefferson Rudy/Agência Senado)

R

Reuters

Publicado em 29 de abril de 2021 às 15h29.

Última atualização em 29 de abril de 2021 às 19h54.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quinta-feira pedido feito por senadores governistas para afastar Renan Calheiros (MDB-AL) da relatoria da CPI da Covid no Senado.

Na decisão, Lewandowski destacou que a escolha de relator é uma atribuição reservada ao próprio Legislativo e não caberia ao Judiciário intervir.

"Diante desse cenário, mesmo em um exame ainda prefacial da matéria, tudo indica cingir-se o ato impugnado nesta ação mandamental a um conflito de interpretação de normas regimentais do Congresso Nacional e de atos de natureza política, os quais, por constituírem matéria de cunho interna corporis, escapa à apreciação do Judiciário", disse o ministro, ao rejeitar o pedido.

A escolha de Renan para relatar a CPI é alvo de críticas de parlamentares aliados ao presidente Jair Bolsonaro, que argumentam conflito de interesse pois o senador é pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). Eles afirmam que a CPI pode investigar chefes de Executivos estaduais no decorrer das apurações.

  • Entenda como as decisões da Câmara e do Senado afetam seus investimentos.Assine a EXAME.
Acompanhe tudo sobre:Renan CalheirosSupremo Tribunal Federal (STF)CPIRicardo Lewandowski

Mais de Brasil

Lula alerta sobre risco de anistia e critica força da extrema direita no Congresso

Fux afirmou que crimes contra a democracia não podem ser anistiados em julgamento de Silveira

Hugo Motta diz que proposta de anistia a envolvidos no 8 de janeiro segue em negociação

Chineses cooptaram brasileiros e criaram golpe com 'suposto doutor da USP' em pirâmide de R$ 1 bi