Agência de notícias
Publicado em 7 de agosto de 2025 às 13h45.
Última atualização em 7 de agosto de 2025 às 14h36.
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), recuou nesta quinta-feira e negou que a oposição tenha feito um acordo com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para encerrar a obstrução nas votações. Sóstenes também pediu desculpas a Motta pela forma como conduziu a crise.
— Num dia como ontem, não há vencedores ou vencidos. O presidente Hugo não foi chantageado por nós e não assumiu compromisso com nenhuma pauta. Os líderes dos partidos que assumiram foram PSD, União Brasil e Progressistas — afirmou.
Na sequência, Sóstenes fez um pedido de desculpas direto a Motta e disse que os deputados estavam emocionalmente abalados:
— Eu não fui correto e te peço perdão, presidente. Muitos colegas, no auge da emoção... Uma colega da esquerda agrediu o deputado Nikolas, mas, se depender do PL, não faremos representação. Estávamos emocionalmente desestruturados. Esta Casa precisa de recondução. Peço desculpas a todos, se fui indelicado.
Ontem, Sóstenes afirmou que havia um acordo para pautar a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro e pelo fim do foro privilegiado.
— Presidente Hugo Motta pediu aos líderes aqui representados, construímos compromisso que a na próxima semana abriremos trabalhos nessa casa pautando mudança do foro privilegiado para tirar a chantagem que muitos deputados e senadores vem sofrendo por parte de alguns ministros do STF
Após encontro com o ex-presidente Arthur Lira, deputados do PL e de partidos do centro se dirigiram ao gabinete de Hugo Motta. O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, também participou da reunião. Depois do encontro, os líderes e o próprio Motta foram ao plenário anunciar a saída dos deputados da Mesa Diretora, que inicialmente resistiram, mas acabaram cedendo.