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Líder do PSD na Câmara propõe que "cristofobia" seja crime

Parlamentar reclama que manifestações de defesa dos direitos homossexuais, como a Parada LGBT, têm "zombado" da fé dos evangélicos


	Jovem faz crítica à igreja católica durante a Parada Gay
 (Leo Pinheiro/Fotos Públicas)

Jovem faz crítica à igreja católica durante a Parada Gay (Leo Pinheiro/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2015 às 20h31.

Brasília - O líder do PSD na Câmara dos Deputados, Rogério Rosso (DF), protocolou nesta segunda-feira, 08, um projeto de lei que torna crime hediondo ultraje, impedimento ou perturbação de cultos religiosos.

Na proposta, o deputado ataca o que chama de "Cristofobia" e sugere como punição, além de multa, aumento da pena para quatro a oito anos de reclusão.

Na justificativa do projeto, o parlamentar reclama que manifestações de defesa dos direitos homossexuais, como a Parada LGBT, têm "zombado" da fé dos evangélicos e agindo de forma desrespeitosa contra símbolos religiosos.

"A intenção desse projeto de lei é proteger a crença e objetos de culto religiosos dos cidadãos brasileiros, pois o que vem ocorrendo nos últimos anos em manifestações, principalmente LGBTs, é o que podemos chamar de 'Cristofobia', com a prática de atos obscenos e degradantes que externam preconceito contra os católicos e evangélicos", diz o texto da proposição.

O artigo 208 do Código Penal prevê hoje multa ou detenção de um mês a um ano para quem escarnecer de alguém, por motivo religioso, ou perturbar cerimônia religiosa, "vilipendiar publicamente o ato ou objeto de culto religioso".

Em caso de violência, a pena é acrescida em um terço.

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