Agência de notícias
Publicado em 13 de agosto de 2025 às 15h14.
Última atualização em 13 de agosto de 2025 às 15h24.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu nesta terça-feira, a afirmação do governo dos Estados Unidos de que a situação dos direitos humanos no Brasil "se deteriorou" e que o governo brasileiro reprime o debate democrático.
A uma plateia de parlamentares, empresários e representantes de sindicatos, Lula repetiu que não há razões que amparem o tarifaço de 50% imposto pelo governo de Donald Trump a exportações brasileiras aos Estados Unidos.
— Ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos, como estão tentando apresentar ao mundo. Nossos amigos americanos, toda vez que eles tentam brigar com alguém, tentam criar uma imagem de demônio contra as pessoas com quem eles querem brigar. É assim com a América Latina, com o mundo árabe, com os russos, com os países asiáticos — disse Lula. — Agora, querer falar em direitos humanos no Brasil... Tem de olhar o que acontece no país que está acusando o Brasil.
O presidente disse em seu discurso que "o Brasil não tinha qualquer razão para ser taxado e não aceitaremos qualquer pecha de que não respeitamos os direitos humanos".
A fala ocorreu durante cerimônia de assinatura da medida provisória da Soberania, como é chamado o pacote de medidas do governo para mitigar os efeitos do tarifaço.
O discurso de Lula respondeu ao relatório 2024 Country Reports on Human Rights Practices: Brazil, divulgado pelo governo dos EUA nesta terça-feira, que cita o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ao acusar o país de promover censura.
As afirmações do relatório não têm amparo de organizações e especialistas em direitos humanos e são conflitantes com pareceres, por exemplo, da Anistia Internacional e da Transparência Internacional.