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Lula é desaprovado por 51,4% e aprovado por 45,9%, diz pesquisa AtlasIntel

O levantamento aponta que a desaprovação está em alta desde outubro de 2024 e superou a aprovação pela primeira vez em novembro do ano passado

30.01.2025 - Presidente da República, Luiz Inácio da Silva, durante coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto. Brasília - DF

Foto: Ricardo Stuckert / PR (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)

30.01.2025 - Presidente da República, Luiz Inácio da Silva, durante coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto. Brasília - DF Foto: Ricardo Stuckert / PR (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 09h30.

O trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 45,9% dos brasileiros e reprovado por 51,4%, segundo a pesquisa Latam Pulse, do instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, divulgada nesta terça-feira, 11. Cerca de 2,7% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

Na comparação com o levantamento anterior, divulgado em dezembro, a desaprovação de Lula subiu 1,6 ponto percentual, enquanto a aprovação caiu 1,9 p.p. Esse é o pior nível da série histórica da pesquisa. O levantamento aponta que a desaprovação está em alta desde outubro de 2024 e superou a aprovação pela primeira vez em novembro do ano passado.

Entre os grupos que mais reprovam o presidente estão homens, pessoas com ensino médio completo e cidadãos entre 16 e 44 anos. Evangélicos e moradores das regiões Centro-Oeste, Norte, Sul e Sudeste também demonstram maior rejeição do que aprovação. No Nordeste, tradicional reduto lulista, a aprovação e a desaprovação estão praticamente empatadas.

Já a avaliação geral do governo atingiu o maior patamar de percepções negativas, com 46,5% classificando a gestão como ruim ou péssima . As avaliações positivas caíram 3 p.p. entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025 , chegando a 37,8%.

Preocupação com economia e inflação dobra entre brasileiros

A percepção dos brasileiros sobre a situação econômica e a inflação piorou nos últimos meses. Em outubro de 2024, 15% consideravam a economia um dos principais problemas do país , mas esse número subiu para 29% em janeiro de 2025, tornando-se o terceiro maior problema, atrás apenas da criminalidade (58%) e da corrupção (49%).

A inflação e os preços altos representam a maior preocupação econômica, citados por 75% dos entrevistados . Outros fatores, como a desvalorização do real (41%) e as taxas de juros (36%), também geram apreensão. O pessimismo sobre o crescimento econômico persiste: 50% dos brasileiros estão preocupados com a economia em 2025, enquanto 48% se dizem otimistas.

A percepção de que a carga tributária está aumentando ou subindo significativamente atinge 65% dos entrevistados, enquanto 28,5% acreditam que se mantém estável ou está diminuindo. Sobre a reforma tributária, entre os quase 90% que disseram estar informados, 41,5% a consideram um avanço que ainda precisa de melhorias , enquanto 23% a veem como um avanço. Já 35% avaliam a mudança como um retrocesso ou grande retrocesso.

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