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Lula sanciona lei de extensão da licença-maternidade e salário por 120 dias após alta hospitalar

Aprovação da medida que altera licença-maternidade ocorreu nesta segunda-feira, durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, em Brasília

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a Primeira-Dama da República, Janja Lula da Silva, durante a cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), em Brasília (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a Primeira-Dama da República, Janja Lula da Silva, durante a cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), em Brasília (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 29 de setembro de 2025 às 14h27.

Última atualização em 29 de setembro de 2025 às 16h44.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta segunda-feira, 29, a lei que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para permitir a extensão da licença-maternidade em até 120 dias após a alta hospitalar de mães e recém-nascidos internados.

A medida, aprovada pelo Congresso Nacional em setembro, estabelece que, em casos de internação superior a duas semanas, a licença-maternidade poderá ser prorrogada até 120 dias, descontado o período já utilizado antes do parto. A sanção foi realizada durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, em Brasília.

A extensão também vale para o pagamento do salário-maternidade, que seguirá a mesma regra.

A nova lei exige que a internação esteja diretamente relacionada ao parto, como situações de prematuridade ou complicações neonatais. Na prática, a legislação amplia o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em outubro de 2022, que determinava o início da licença apenas a partir da alta hospitalar nesses casos.

A nova legislação garante o pagamento do benefício também durante o período da internação hospitalar.

Retomada de políticas para mulheres

O evento também marca a retomada das conferências nacionais na área de gênero.

A última edição, a 4ª CNPM, ocorreu em 2016, ainda durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Esta 5ª edição, com duração de três dias, reúne cerca de 4 mil participantes e deve atualizar o Plano Nacional de Políticas para Mulheres, que orienta as ações do governo federal no setor.

A cerimônia de abertura contou com a presença da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, e de diversas ministras: Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), Marina Silva (Meio Ambiente), Anielle Franco (Igualdade Racial), Sonia Guajajara (Povos Originários), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Macaé Evaristo (Direitos Humanos). Também estiveram presentes Wolney Queiroz (Previdência), André de Paula (Pesca), Camilo Santana (Educação) e o secretário-geral Márcio Macêdo — que, segundo aliados, deve ser substituído pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).

A ex-presidente Dilma enviou um vídeo para a cerimônia. Em 2016, a abertura da 4ª CNPM foi seu último compromisso oficial antes de ser afastada do cargo pelo Senado, com a instauração do processo de impeachment.

Governadores também participaram da conferência: Raquel Lyra (PSD-PE), Fátima Bezerra (PT-RN), Jerônimo Rodrigues (PT-BA) e João Azevedo (PSB-PB), além do presidente nacional do PT, Edinho Silva.

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