Repórter
Publicado em 10 de setembro de 2025 às 14h48.
Última atualização em 10 de setembro de 2025 às 15h05.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou uma lei que promete reduzir a fila de espera por benefícios previdenciários e assistenciais, com revisões e perícias médicas mais rápidas.
A mudança acontece por meio do Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), que atuará no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e no Departamento de Perícia Médica Federal, permitindo que processos atrasados e agendamentos longos sejam priorizados e concluídos com maior agilidade. A medida foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 10.
De acordo com o Palácio do Planalto, o PGB priorizará processos administrativos que já superaram 45 dias de análise ou que tenham prazos judiciais vencidos. Também entram na lista perícias médicas em unidades sem oferta regular do serviço e com agendamentos superiores a 30 dias, além de avaliações relacionadas ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A expectativa do governo é que o programa permita acelerar reavaliações e revisões, garantindo maior agilidade no atendimento aos segurados.
Segundo o comunicado, assim como ocorria no extinto Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social, os servidores que participarem do PGB receberão bônus por processo ou perícia concluídos.
Funcionários do INSS terão direito a R$ 68 por processo finalizado, enquanto peritos médicos federais receberão R$ 75 por perícia ou análise documental. O Planalto destacou que a adesão é voluntária e não poderá comprometer os atendimentos regulares nas agências da Previdência.
Os valores pagos não serão incorporados ao salário ou à aposentadoria dos servidores, nem servirão de base de cálculo para benefícios ou contribuições previdenciárias. Trabalhadores em greve ou em regime de compensação de horas não terão direito aos bônus.
O Programa de Gerenciamento de Benefícios terá vigência de 12 meses, contados a partir da Medida Provisória nº 1.296, de 15 de abril de 2025, e poderá ser prorrogado uma única vez, desde que não ultrapasse 31 de dezembro de 2026.
Com a sanção, o governo pretende atacar um dos principais gargalos do sistema previdenciário: a longa espera enfrentada por segurados que aguardam decisões sobre aposentadorias, auxílios e benefícios assistenciais.