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Maduro chama Bolsonaro de "Hitler moderno"

Brasil é um dos países da América Latina que não reconhece o novo mandato de Maduro (2019-2025)

Nicolás Maduro: presidente da Venezuela chamou nesta segunda-feira Jair Bolsonaro de "Hitler dos tempos modernos" (Marco Bello/Reuters)

Nicolás Maduro: presidente da Venezuela chamou nesta segunda-feira Jair Bolsonaro de "Hitler dos tempos modernos" (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 14 de janeiro de 2019 às 19h56.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou nesta segunda-feira Jair Bolsonaro de "Hitler dos tempos modernos" e ironizou o apoio que recebe de grupos evangélicos do Brasil.

"Bolsonaro é um Hitler dos tempos modernos. É isso. O que não tem é coragem e decisão próprias, porque é um fantoche destes grupos (evangélicos). Bolsonaro saiu de uma seita", disse Maduro ao apresentar seu relatório anual da administração à Assembleia Constituinte.

Bolsonaro chegou ao poder com o apoio de diversos grupos evangélicos, como a Igreja Universal do Reino de Deus.

"Logo o povo brasileiro se encarregará dele", declarou o líder socialista, a quem Bolsonaro chama de"ditador".

O Brasil é um dos países da América Latina que não reconhece o novo mandato de Maduro (2019-2025) e apoia as denúncias da oposição de que as eleições presidenciais na Venezuela foram fraudadas.

Maduro foi reeleito no dia 20 de maio de 2018 em votação boicotada pelos principais partidos de oposição e não reconhecidas por Estados Unidos e União Europeia.

O governo brasileiro não enviou representantes à posse de Maduro na quinta-feira passada, no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), por considerar "ilegítimo" o presidente venezuelano.

Segundo a lei, Maduro deveria ser empossado no Parlamento, controlado pela oposição, que o TSJ declarou em desacato e anulou suas decisões a partir de 2016.

O Brasil disse reconhecer o Legislativo como um órgão "democraticamente eleito" e avaliou que cabe à Assembleia "a autoridade executiva da Venezuela".

Segundo o Fundo Monetário Internacional, a economia da Venezuela foi reduzida à metade durante o primeiro mandato de Maduro e deve recuar 5% apenas em 2019, com uma hiperinflação que chegará a 10.000.000%.

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