Brasil

Manifestantes chutam bolas de futebol em frente ao Congresso

Grupo protesta contra os gastos excessivos nas copas das Confederações e do Mundo e defendem a aplicação do recursos na saúde, educação e no transporte público

"Estou acompanhando essa mudança. É um sinal da revolta com tudo o que está acontecendo no país. Os gastos com a Copa e o povo fica de lado", disse Apuena Batista (Wilson Dias/ABr)

"Estou acompanhando essa mudança. É um sinal da revolta com tudo o que está acontecendo no país. Os gastos com a Copa e o povo fica de lado", disse Apuena Batista (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 20h01.

Brasília - Manifestantes chutaram as bolas de futebol posicionadas no gramado em frente ao Congresso Nacional como forma de simbolizar que estão passando a bola para os parlamentares. Em silêncio, foram chutadas 594 bolas, que representam a soma do número de deputados (513) e senadores (84).

O grupo protesta contra os gastos excessivos nas copas das Confederações e do Mundo e defendem a aplicação do recursos na saúde, educação e no transporte público.

O servidor terceirizado da Câmara dos Deputados, Apuena Batista, participou do ato. Ele disse não ser contra a realização dos eventos esportivos no país, porém quer mais verbas para a saúde e educação.

"Sou contra esse exagero de gastos e ver a saúde e educação ficando para trás", disse. "Estou acompanhando essa mudança. É um sinal da revolta com tudo o que está acontecendo no país. Os gastos com a Copa e o povo fica de lado".

A manifestação foi acompanhada por outras marchas: Marcha do Vinagre, Ocupa Brasília e Movimento Fora Feliciano - o último grupo leu mais cedo uma carta na qual se posicionou por um Estado laico e contra a aprovação do projeto da "cura gay". Em seguida, os manifestantes se dividiram. Uma parte retornou ao Museu Nacional de Brasília, de onde saiu a manifestação, e a outra continua posicionada em frente ao Congresso.

Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, na última sexta-feira (21), a presidente Dilma Rousseff disse que as arenas para a Copa do Mundo são construídas com financiamentos de bancos oficiais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a empresas e a governos, e garantiu que o dinheiro gasto com esse objetivo não compromete os recursos para a saúde e a educação.

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