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Marina e Aécio fazem campanha no RJ no fim de semana

Marina visita a favela da Rocinha ao lado do deputado e ex-jogador Romário (PSB), favorito na disputa pelo Senado

Aécio Neves e Geraldo Alckmin durante visita a estação Vila Prudente do Monotrilho, em São Paulo (Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil/Divulgação/Divulgação)

Aécio Neves e Geraldo Alckmin durante visita a estação Vila Prudente do Monotrilho, em São Paulo (Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil/Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 20h13.

Rio de Janeiro - Considerado Estado-chave pelos candidatos de oposição na disputa presidencial, por causa do eleitorado simpático a "novidades", o Rio de Janeiro está no foco de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) neste fim de semana.

Na tentativa de consolidar a onda em seu favor desde que assumiu a candidatura no lugar de Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo no dia 13, Marina visita neste sábado (30) a favela da Rocinha ao lado do deputado e ex-jogador Romário (PSB), favorito na disputa pelo Senado.

No fim da tarde, tem encontro com jovens, base importante da Rede Sustentabilidade, liderada pela ex-ministra e ex-senadora.

No dia seguinte, domingo(31), Aécio faz a quinta agenda no Rio em duas semanas, em um esforço para estancar a queda nas intenções de votos dos fluminenses desde a entrada de Marina na disputa.

"Romário queria levar Marina a uma comunidade e escolheu a Rocinha. Eles estão juntos na campanha. Já a juventude tem afinidade com Marina desde a campanha de 2010 e do início da Rede. Mas, quando Marina foi para o PSB, parte dos jovens se afastou, não entendeu o movimento. Agora se reaproximou, pede material de campanha. Os jovens têm tempo disponível para se envolver na campanha, têm gás renovado, expressam a emoção desta candidatura", diz o porta voz da Rede no Rio e integrante da executiva nacional, Carlos Painel.

Marina filiou-se ao PSB em outubro passado, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vetou a criação da Rede.

Segundo pesquisa divulgada na última terça-feira pelo Ibope, com entrevistas entre 23 e 25 de agosto, Marina chegou a 30% de intenções de voto no Estado, oito pontos atrás da presidente Dilma Rousseff.

Eduardo Campos tinha apenas 5% no Ibope em pesquisa feita entre os dias 26 e 28 de julho. Aécio perdeu quatro pontos e Dilma subiu três.

Deputado federal candidato à reeleição, o tucano Otávio Leite diz que os políticos estão em fase de "aguardar a decantação do furacão que passou até que as coisas fiquem mais claras".

Em relação ao eleitorado, afirma: "As ruas estão tímidas, introspectivas". Por isso, considera crucial a presença constante de Aécio em atividades de campanha no Rio. O candidato do PSDB participará de um jogo de futebol na Barra da Tijuca no domingo.

Presidente do PSD-RJ, um dos partidos da base de Aécio no Estado, o ex-deputado e candidato a uma vaga na Câmara Indio da Costa lembra que "Aécio já era o candidato com mais atividades no Rio" e destaca que o tucano ainda não é totalmente conhecido do eleitorado, ao contrário de Dilma e Marina.

"O momento é muito mais de comoção do que de consolidação do quadro. É hora de estar nas ruas. Não de bater (na adversária do PSB), mas de mostrar propostas", afirma Indio, candidato a vice-presidente em 2010 na chapa de José Serra.

Naquele ano, Marina teve 31,5% dos votos fluminenses e ficou em segundo lugar, na frente de Serra.

O esforço de Marina é consolidar e ampliar este eleitorado, enquanto Aécio procura sensibilizar uma fatia deste universo, em especial de renda e escolaridade mais alta, com o discurso de que é a "mudança segura", enquanto Marina não apresenta "propostas objetivas".

A difícil situação de Aécio no Rio fragilizou o movimento "Aezão", que prega o voto conjunto em Aécio e no governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e foi criado por uma dissidência do PMDB-RJ em reação à candidatura própria do PT para o governo do Rio.

Muitos peemedebistas têm se voltado para suas próprias campanhas e a de Pezão e dividem material de campanha entre Dilma e Aécio, com o argumento de que fazem "dobradinhas" com aliados dos dois candidatos.

"É preciso ter sangue frio até que tudo se acomode de novo", diz o fundador do Aezão, o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, coordenador da campanha de Aécio no Rio.

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