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Médicos residentes entram em greve na Santa Casa

No final de julho, a categoria já estudava a paralisação em protesto contra o cancelamento das operações e a redução das atividades práticas da residência


	Santa Casa: no final de julho, a categoria já estudava a paralisação em protesto contra o cancelamento das operações e a redução das atividades práticas da residência
 (Hélio Bertolucci Jr./Flickr/Creative Commons)

Santa Casa: no final de julho, a categoria já estudava a paralisação em protesto contra o cancelamento das operações e a redução das atividades práticas da residência (Hélio Bertolucci Jr./Flickr/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 17h49.

São Paulo - Com as cirurgias não urgentes suspensas há mais de um mês, a Santa Casa de São Paulo enfrenta um novo problema.

Os médicos residentes dos departamentos cirúrgicos da instituição entraram em greve na última segunda-feira, 22, por tempo indeterminado.

Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo no final de julho, a categoria já estudava a paralisação em protesto contra o cancelamento das operações e a redução das atividades práticas da residência.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta terça, 23, mostrou que estão paralisados os profissionais dos departamentos de cirurgia geral, cirurgia pediátrica e pediatria. Dos 755 residentes que atuam na Santa Casa, cerca de 133 são de setores cirúrgicos.

A Santa Casa afirma que conta com um corpo clínico composto por 1.213 médicos e, por isso, o atendimento ambulatorial não será afetado. Diz ainda que compreende a decisão dos médicos residentes, mas que "colocará a segurança dos pacientes como prioridade absoluta e só retomará o ritmo de realização de cirurgias eletivas quando houver todas as condições necessárias para prestar este serviço".

Em crise financeira e com dívida superior a R$ 800 milhões, a Santa Casa espera um repasse financeiro extraordinário por parte do governo do Estado assim como uma renegociação da dívida bancária com o BNDES e a Caixa.

Sobre os pacientes afetados pela suspensão das cirurgias eletivas, a instituição diz que "tem recorrido à Rede SUS, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, que possui a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde, cujo objetivo é monitorar a disponibilidade e agilizar as transferências de pacientes para a realização de procedimentos cirúrgicos não emergenciais".

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