Policiais escoltam um suspeito preso durante a Operação Contenção para fora da favela Vila Cruzeiro, no complexo da Penha, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 28 (Mauro Pimentel/AFP)
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Publicado em 28 de outubro de 2025 às 16h25.
Última atualização em 28 de outubro de 2025 às 19h33.
A megaoperação desta terça-feira, 28, contra líderes do Comando Vermelho (CV) tornou-se a ação policial mais letal da história do Rio de Janeiro com registro de ao menos 64 mortes.
Do total, quatro eram policiais e outros 60 eram suspeitos que foram mortos em confronto, de acordo com a última atualização do governo do Rio de Janeiro. Como retaliação, a facção ateou fogo em carros, fez barricadas, fechou vias da capital fluminense e lançou bombas com drones.
Na manhã desta terça-feira, 2,5 mil agentes das forças de segurança do RJ cumpriram mais de 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão nos complexos do Alemão e da Penha, o que deu início ao enfrentamento. Mais de 80 pessoas foram presas e foram apreendidos 31 fuzis, duas pistolas e nove motos.
Até então, a operação mais violenta da história havia ocorrido em 2021 na favela do Jacarezinho, com 28 mortes, seguida da ação na Vila Cruzeiro, em 2022, que contabilizou 24 mortes.
Outra operação no Alemão, em 2007, teve 19 mortes e uma em Senador Carajá, em 2003, teve 15 mortos, fechando a lista das cinco operações com mais mortes da história do RJ.
A famosa operação no Alemão que contou com apoio das forças armadas em 2010 resultou em 10 mortes.