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Metanol: Polícia Civil mira comércio de bebidas adulteradas em São Paulo

Ação fiscalizou 12 estabelecimentos na Grande São Paulo e investiga vínculos com bares interditados por casos de intoxicação por metanol

Agência o Globo
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Publicado em 9 de outubro de 2025 às 13h23.

Última atualização em 9 de outubro de 2025 às 14h01.

O governo de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira, 9, uma operação para combater irregularidades na comercialização de bebidas destiladas. Batizada de “Gota a Gota”, a ação é da Secretaria da Fazenda em parceria com a Polícia Civil.

Ao todo, 11 estabelecimentos na capital e um em Embu das Artes foram fiscalizados. Os varejistas e atacadistas foram acionados por possíveis infrações, como vínculos com bares já interditados ou associados a casos de intoxicação sob apuração; emissão de notas fiscais de venda sem comprovação da origem das bebidas; recebimento de notas fiscais de entrada sem a correspondente emissão de documentos de saída, indicando operações simuladas ou inexistentes.

Combate à adulteração de bebidas com metanol

A ação integra o conjunto de medidas de utilidade pública adotadas pelo governo de São Paulo no âmbito de um gabinete de crise criado para enfrentar os recentes casos de bebidas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica.

Segundo o auditor fiscal da Sefaz-SP, Márcio Araújo, três dos alvos fazem parte da cadeia de fornecimento de um bar em São Bernardo do Campo lacrado pelo envolvimento num caso de intoxicação.

Outros alvos, segundo ele, vendem bebidas sem registro de origem ou sem registro de saída, o que pode indicar adulteração de bebidas.

Rastreamento e cruzamento de dados fiscais

A operação desta quinta é resultado de um trabalho de rastreio e cruzamento de informações fiscais, conduzido pela Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, a partir da análise de Notas Fiscais eletrônicas (NF-e), Notas Fiscais ao Consumidor eletrônicas (NFC-e) e do Sistema Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos (SAT).

O levantamento identificou indícios de irregularidades em diferentes etapas da cadeia de produção e comercialização de bebidas, incluindo vodca, cachaça, uísque e gin.

Participação de auditores e policiais civis

Participam da operação 30 auditores fiscais da Receita Estadual de São Paulo e 40 policiais civis do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).

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