Jader Filho: ministro afirma que a ideia é cogitada por quem está "desconectado" do Brasil (Valter Campanato/Agência Brasil)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 6 de junho de 2025 às 16h07.
Última atualização em 6 de junho de 2025 às 16h08.
O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou nesta sexta-feira, 6, durante o Fórum Esfera 2025, no Guarujá (SP), que é contrário a ideia de adiar de 2033 para 2040 o prazo para a universalização de acesso à água potável e saneamento no Brasil.
A universalização da água e esgoto foi definida no Marco Legal do Saneamento Básico e tem como meta garantir que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% à coleta e tratamento de esgoto até 2033.
“Quem discute essa possibilidade não tem noção do que é viver sem água e sem esgoto. Sou absolutamente contrário a essa hipótese”, disse.
Segundo o ministro, esse debate é conduzido por setores da sociedade e da classe política que estão “desconectados” do Brasil.
“Puxar de 2033 para 2040 [a meta de universalização], acho um negócio de uma insensibilidade social de toda a prova. Determinados segmentos da política e da sociedade estão desconectados do Brasil”, disse.
Jader Filho admitiu que entregar as metas em 2033 é um desfio importante e difícil, mas possível de ser cumprido.
“Sei que o desafio é muito importante e difícil, não tem como você negar. Mas se a sociedade pactuar isso, no setor privado e público, vamos universalizar a água e o esgoto até 2033”, disse.