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Ministro diz que "dor" o impede comentar o mensalão

Gilberto Carvalho diz sentir "dor" com o placar desfavorável a antigas lideranças do PT no julgamento


	Questionado sobre a os três votos contrários a Dirceu e a Genoino, Carvalho inicialmente recusou-se a comentar, mas depois disse: "A dor me impede de falar dessa questão"
 (Agência Brasil)

Questionado sobre a os três votos contrários a Dirceu e a Genoino, Carvalho inicialmente recusou-se a comentar, mas depois disse: "A dor me impede de falar dessa questão" (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 14h24.

Brasília - O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, disse nesta sexta-feira sentir "dor" com o placar desfavorável a antigas lideranças do PT no julgamento do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Três dos quatro ministros que já votaram condenaram o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino por corrupção ativa. O julgamento, que começou em agosto, concentra-se agora no chamado "núcleo político" do esquema envolvendo compra de apoio parlamentar ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Questionado sobre a os três votos contrários a Dirceu e a Genoino, Carvalho inicialmente recusou-se a comentar, mas depois disse: "A dor me impede de falar dessa questão." O ministro foi abordado por jornalistas em abertura de uma exposição de obras do pintor italiano Caravaggio.

Mais uma vez questionado por jornalistas, o ministro disse estar "muito sofrido".

Dirceu foi acusado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de ser o mentor e líder do "grupo criminoso" responsável pelo esquema. A defesa do ex-ministro nega e alega não haver provas.

O ex-chefe da Casa Civil, que deixou o ministério atingido pelas denúncias, também teve seu mandato de deputado federal cassado por conta do escândalo.

"Aquela coisa do outro lado da rua dói muito", afirmou, referindo-se ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).

Denunciado em 2005, o chamado mensalão foi a pior crise política dos oito anos de mandato de Lula.

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