Agência de notícias
Publicado em 12 de junho de 2025 às 13h06.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que realizou o bloqueio de verbas para o gabinete e para a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A suspensão dos repasses foi determinada na semana pelo ministro Alexandre de Moraes, na mesma decisão em que ordenou a prisão preventiva de Zambelli, que deixou o Brasil após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão.
Moraes determinou o "imediato bloqueio" dos "vencimentos e quaisquer outras verbas, inclusive destinadas ao gabinete" de Zambelli que sejam pagas pela Câmara. O objetivo é garantir o pagamento da multa que foi imposta junto com sua condenação, que pode chegar a R$ 260 mil.
Em ofício endereçado a Moraes, Motta limitou-se a informar o "cumprimento das medidas fixadas" na decisão.
A condenação de Zambelli também inclui a perda de seu mandato como deputada. O presidente da Câmara chegou a dizer, na segunda-feira, que a cassação seria confirmada de maneira automática. Depois, anunciou que haverá uma votação no plenário.
Hoje, Motta decidiu encaminhar para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa o pedido de cassação do mandato da deputada. Cabe agora ao colegiado marcar uma sessão para votar o pedido feito contra a deputada pelo STF. A decisão também passará por uma outra votação no plenário da Câmara.
Zambelli foi condenada pelo STF, em maio, por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, devido à invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Na semana passada, a deputada anunciou que deixou o Brasil e sua prisão foi decretada, com inclusão na lista da Interpol, o que a torna procurada em 196 países. Na sexta-feira, um recurso apresentado contra sua condenação foi rejeitado, e a prisão foi convertida de preventiva em definitiva.