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Motta veta indicação de Eduardo Bolsonaro como líder da minoria na Câmara após denúncia da PGR

Estratégia da oposição tentava contornar as faltas do deputado na Casa, que está nos EUA desde fevereiro

Publicado em 23 de setembro de 2025 às 09h29.

Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, vetou a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da minoria na Casa após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por coação ao Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi publicada no Diário da Câmara nesta terça-feira, 23.

A oposição planejava que Bolsonaro assumisse a liderança para contornar as faltas registradas no plenário enquanto permanecesse nos Estados Unidos por tempo indeterminado. 

Eduardo está nos EUA desde fevereiro. O parlamentar chegou a pedir licença do cargo em março, mas o prazo disponibilizado expirou em junho e, desde então, ele ainda não retornou ao Brasil.

O veto de Motta se baseou no parecer da Secretaria-Geral da Mesa, que considerou o exercício do mandato como “inerentemente presencial”. No caso da liderança, a exigência de presença é ainda maior.

O parecer ressaltou que Eduardo não comunicou formalmente sua saída do Brasil, como exige o artigo 228 do regimento.

Além disso, atividades essenciais da função, como orientar votações, encaminhar requerimentos e participar do Colégio de Líderes, “indubitavelmente demandam a presença física do parlamentar”, afirma no documento, destacando que a liderança remota seria simbólica e contrária às normas da Câmara.

Indicação frustra oposição

A indicação havia sido oficializada em 16 de setembro, após Caroline de Toni (PL-SC) renunciar ao posto de líder da minoria. Ela assumiu a vice-liderança e se comprometeu a representar Bolsonaro nas sessões. 

“Nós vamos pedir que ele faça discursos online. Temos tecnologias para isso”, afirmou Toni na última semana.

*Com informações do O Globo

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