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MP tenta impedir construção em área de proteção de Jericoacoara

O MP alega que os responsáveis pela obra estão construindo de forma fracionada para driblar um licenciamento mais rigoroso exigido para construções no local

Jericoacoara: as obras tinham alvarás, mas os projetos não incluíram estudos de impacto ambiental (Anderps / Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Jericoacoara: as obras tinham alvarás, mas os projetos não incluíram estudos de impacto ambiental (Anderps / Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de julho de 2017 às 19h12.

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) entrou com ação na Justiça para barrar a construção de um empreendimento particular nas margens da Lagoa do Paraíso, em Jericoacoara, uma das praias mais famosas do estado.

O órgão alega que os responsáveis pela obra estão construindo de forma fracionada - ou seja, aos poucos - para driblar um licenciamento mais rigoroso exigido para construções no local, que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual da Lagoa de Jijoca.

Segundo o MPF, as obras tinham alvarás, mas os projetos não incluíram estudos de impacto ambiental, nem tinham autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que gerencia as unidades de conservação do Brasil.

Além de integrar uma APA, a lagoa está a cerca de meio quilômetro do Parque Nacional de Jericoacoara.

Como o próprio nome diz, a paradisíaca lagoa é um dos principais atrativos de Jericoacoara, que agora conta com um aeroporto.

É nesse local onde ficam as relaxantes redes armadas sobre o espelho d'água.

Na ação judicial, o Ministério Público pede a anulação de todas as licenças e a demolição das estruturas já construídas. A empresa Jardim do Alchymist, responsável pela obra, informou que não se pronunciará sobre o caso.

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