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Mudança do IR não conta com apoio da oposição, diz PSDB

O líder do PSDB no Senado disse que a mudança na fórmula de correção da tabela do Imposto de Renda não contará com o apoio da oposição


	Cássio Cunha Lima: "a reunião (na qual ficou acertada a nova fórmula) não contou com o apoio da oposição, que não aceita o aumento de impostos"
 (Divulgação/Cássio Cunha Lima)

Cássio Cunha Lima: "a reunião (na qual ficou acertada a nova fórmula) não contou com o apoio da oposição, que não aceita o aumento de impostos" (Divulgação/Cássio Cunha Lima)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 21h46.

Brasília - O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou ao final do encontro de lideranças partidárias com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que a mudança na fórmula de correção da tabela do Imposto de Renda (IR) não contará com o apoio da oposição.

"A reunião (na qual ficou acertada a nova fórmula) não contou com o apoio da oposição, que não aceita o aumento de impostos. As pessoas vão pagar mais impostos. O compromisso que o PSDB tem é com o reajuste da tabela pela inflação, que hoje maior que os 6,5% (estipulado como teto para correção do IR) e está em torno de 8%", afirmou.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conduziu a negociação entre a base aliada com o Palácio do Planalto e a Fazenda, na qual ficou acertada quatro faixas de correção da tabela do IR: de 6,5% para faixa de renda até R$ 2.840,06; de 6% para rendimento até R$ 3.751,06; de 5% até R$ 4.664,68; de 4,5% para ganhos mensais acima de R$ 4.664,68. "O que houve foi um arremedo de proposta, que na prática representa aumento de carga tributária", disse.

Logo após a fala do senador, Levy afirmou que, dos 25 milhões de contribuintes do IR, cerca de 16 milhões "vão ser beneficiados pela tabela" com a faixa teto de 6,5%. "Estamos aumentando o teto daqueles que estão isentos, que não pagam, que estão abaixo da primeira faixa (4,5%)", disse.

O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), afirmou que o acordo está atrelado à votação do orçamento de 2015, aguardado pelo governo desde dezembro. "Vamos fazer a votação do orçamento amanhã (quarta-feira), após votarmos os vetos", disse.

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