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Município de Mato Grosso registra terremoto de 4,5 na Escala Richter

Tremor foi sentido por moradores de Poconé e ocorreu em uma das regiões sísmicas do Brasil, segundo especialistas

Agência o Globo
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Publicado em 2 de março de 2025 às 13h32.

Um terremoto de 4,5 na Escala Richter foi registrado neste domingo, 2, em Poconé (MT), a 104 km de Cuiabá. O tremor, classificado como de média intensidade, foi confirmado pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). O último abalo sísmico no estado havia sido registrado em Ribeirão Cascalheira, em abril de 2024, com magnitude de 3,2.

Moradores da região relataram ter sentido o tremor. Segundo o comerciante Deni Geloni, o evento ocorreu por volta das 5h e teve curta duração.

“Conversei com o pessoal, vizinhos e todos sentiram. Durou uns três ou quatro segundos, foi rápido, mas forte e balançou tudo!”, disse Geloni ao site de notícias G1, do grupo Globo.

De acordo com Marcelo Peres Rocha, professor do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o fenômeno ocorreu em uma das áreas sismicamente ativas do Brasil, mas não há motivo para preocupação.

“Essa região do Pantanal apresenta afinamento litosférico, o que facilita a liberação dos esforços acumulados pelos processos tectônicos. Apesar disso, o Brasil não está localizado em uma borda de placa tectônica, onde terremotos de grande magnitude costumam ocorrer”, explica Rocha.

Em 1955, a Serra do Tombador, 370 km ao norte de Cuiabá, foi palco de um dos mais fortes terremotos já registrados no país. A magnitude atingiu 6,2 graus na Escala Richter, segundo o Serviço Geológico do Brasil.

Tremor de terra e terremoto: há diferença?

O Serviço Geológico do Brasil explica que os abalos sísmicos de menor intensidade são chamados de tremores de terra ou abalo sísmico, mas a origem é a mesma dos terremotos mais fortes.

Quando ocorrem, eles geram ondas sísmicas que se propagam em todas as direções. Essas ondas podem ser de dois tipos:

  • Ondas P (primárias): mais rápidas e capazes de atravessar sólidos e líquidos.
  • Ondas S (secundárias): mais lentas, movem-se apenas em materiais sólidos.

A magnitude dos sismos é medida pela Escala Richter, criada em 1935 pelo sismólogo americano Charles Richter.

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