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Na China, governo Lula busca fechar acordo para fábrica de fertilizantes no Paraná

País é o maior importador desse produto no mundo: foram 44,3 milhões de toneladas no ano passado, um recorde

Agricultura brasileira importa entre 75% a 95% de fertilizantes (Alexis Prappas/Exame)

Agricultura brasileira importa entre 75% a 95% de fertilizantes (Alexis Prappas/Exame)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 12 de maio de 2025 às 07h22.

Entre os resultados esperados pelo governo brasileiro durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, no início desta semana, um deles é a assinatura de um contrato para que a CNCEC (China Chemical) realize estudos sobre a viabilidade técnica e financeira para a transparência de uma fábrica de fertilizantes.

Segundo interlocutores do governo Lula, os estudos têm como foco a instalação de uma planta de fertilizantes nitrogenados. A fábrica teria capacidade de produzir 520.000 toneladas anuais de ureia.

O Brasil é o maior importador de fertilizantes do mundo. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que as compras desses produtos do exterior bateram recorde em 2024. Foram desembarcadas nos portos brasileiros 44,3 milhões de toneladas, um crescimento de 8,3% em comparação aos 40,9 milhões no mesmo período do ano anterior.

Transição energética

Também existe a expectativa de assinatura de memorando de entendimento com a Windey (estatal chinesa de turbinas eólicas e outras soluções renováveis) para cooperação nas áreas de energia eólica, armazenamento de energia e soluções energéticas sustentáveis no Brasil.

O acordo contempla a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento com foco em tecnologias de baixo carbono e iniciativas conjuntas para aplicação de energias renováveis em áreas agrícolas remotas, estímulo à implantação de fábricas de equipamentos no país, e mitigação de cortes na geração renovável conectada ao sistema elétrico nacional.

Outro ato esperado por integrantes do governo é um protocolo de intenções para investimentos em sistemas de transmissão de energia elétrica, energia nuclear, geração renovável, sistemas isolados e informações energéticas. O foco é a transição energética.

Lula fará uma visita de Estado à China nos dias 12 e 13 de maio. Até meados da semana passada, os negociadores brasileiros e chineses haviam fechado 16 documentos que serão assinados nas mais variadas áreas.

São exemplos agricultura, infraestrutura, saúde, educação, cooperação tecnológica e investimentos. Outros 32 documentos estão sendo discutidos e poderão ser fechados neste fim de semana.

Em novembro do ano passado, na visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, foram assinados 37 acordos em mais de 15 áreas. Após participar da Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, Xi cumpriu agenda em Brasília, ao lado de Lula.

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