Brasil

Na posse de Marta, Dilma pede massificação da cultura

A presidente citou uma frase da banda Titãs para resumir os objetivos traçados para a nova ministra: "o povo não quer só comida, quer comida, diversão e arte"

Dilma discursa durante posse da nova ministra da Cultura Marta Suplicy (e): a presidente destacou aumento do orçamento para a cultura em 65% no próximo ano (Wilson Dias/ABr)

Dilma discursa durante posse da nova ministra da Cultura Marta Suplicy (e): a presidente destacou aumento do orçamento para a cultura em 65% no próximo ano (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 14h04.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff juramentou nesta quinta-feira a nova ministra de Cultura, Marta Suplicy, a quem pediu para trabalhar a fim de massificar o acesso aos bens culturais, que, segundo ela, "são alguns dos elementos que definem a cidadania".

Durante a cerimônia, Dilma citou uma frase da banda Titãs para resumir os objetivos traçados para a nova ministra. "O povo não quer só comida, quer comida, diversão e arte", disse.

Ao assumir o cargo, Marta Suplicy substitui Anna da Holanda, irmã do cantor Chico Buarque, que renunciou na terça-feira por aparente descontentamento com os baixos orçamentos atribuídos à sua pasta.

Em seu discurso, a presidente admitiu que os agentes culturais sempre querem mais recursos e destacou os esforços do governo, que permitirão aumentar o orçamento para a cultura em 65% no próximo ano, chegando a R$ 3 bilhões.

Dilma reconheceu que essa área "merece muito mais", mas ponderou que "nem sempre é fácil a experiência de governar e administrar os recursos do Estado".

A presidente também anunciou investimentos de R$1 bilhão para obras de recuperação em diversas cidades históricas do país, entre as quais citou Ouro Preto, Salvador e São Luís, que hoje completa 400 anos.

Segundo Dilma, a tarefa mais importante do Ministério de Cultura deve ser promover a ampliação e acesso de todos a bens culturais, como elementos que considerou indispensáveis para a construção da nacionalidade e a formação de cidadania.

A presidente avaliou as novas ferramentas tecnológicas que facilitam a difusão cultural e citou os planos do governo para massificar o acesso à internet, mas ao mesmo tempo afirmou que "um livro digital nunca poderá substituir a experiência de ter um livro de papel nas mãos".

A nova ministra, de 67 anos, é psicóloga e psicanalista, e um influente destaque do PT. Pelo partido, foi eleita deputada, senadora e prefeita de São Paulo.

Foi ministra de Turismo entre 2007 e 2008, durante o segundo mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, e nos últimos 20 anos se destacou como uma das vozes mais influentes na luta pela defesa dos direitos dos homossexuais. Foi eleita senadora em 2010 e desde então desempenhava papel de vice-presidente do Senado. 

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