Brasil

Não há razão para contas serem rejeitadas, diz Falcão

Após reunião com a presidente Dilma, o presidente nacional do PT disse que não há razões para que as contas do governo sejam rejeitadas pelo TCU


	Rui Falcão, presidente do PT: o governo está preocupado com a possibilidade de o órgão condenar as chamadas pedaladas fiscais
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Rui Falcão, presidente do PT: o governo está preocupado com a possibilidade de o órgão condenar as chamadas pedaladas fiscais (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2015 às 22h28.

Brasília - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, deixou na noite desta segunda-feira, 6, a reunião do conselho político no Palácio da Alvorada e afirmou que na conversa da presidente Dilma Rousseff com líderes de bancadas aliadas e presidentes de partidos ficou claro que não há razões para que as contas do governo sejam rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O Palácio do Planalto está preocupado com a possibilidade de o órgão condenar as chamadas pedaladas fiscais e rejeitar as contas de 2014 do governo, o que poderia embasar um pedido de impeachment no Congresso Nacional.

Segundo Falcão, os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, fizeram uma "apresentação detalhada" dos 13 pontos questionados pelo TCU. "Estamos seguros que o TCU vai aceitar as explicações porque elas são muito fundamentadas", disse o presidente do PT.

Falcão afirmou que os dados contestados são sistemas já apresentados há 24 anos. "Tem dados que foram apresentados pelo governo Fernando Henrique (PSDB), pelo governo Lula, e não há nenhuma razão para que as contas venham a ser rejeitadas", afirmou. O governo tem até o dia 21 deste mês para prestar contas ao TCU.

Defesa

Além do detalhamento técnico das contas, segundo Falcão, a reunião serviu para apresentar a Medida Provisória assinada hoje sobre o Programa de Proteção ao Emprego e ainda ficou acertado que amanhã será formulada uma nota de solidariedade ao governo da presidente Dilma e do seu vice Michel Temer.

Segundo Falcão, essa nota de apoio visa reforçar "o compromisso irrestrito de defesa da Constituição e da legalidade democrática". A nota será feita após uma reunião marcada para às 11h30 no gabinete de Temer.

Ele negou que a nota seja uma resposta às recentes declarações da oposição de que a presidente Dilma não vai conseguir concluir o seu mandato e disse que ainda não dá para saber se todos os parlamentares da base que estiveram na reunião hoje assinarão o documento.

Questionado se a palavra impeachment foi dita em algum momento na reunião, Falcão disse: "claro que não" e repetiu as declarações que fez hoje por meio do Twitter. "Perderam no voto e agora querem ganhar no tapetão. Fora golpistas, democracia neles."

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresTCU

Mais de Brasil

Em depoimento ao STF, Cid diz que Bolsonaro 'sempre buscou fraude nas urnas'

Ao STF, Cid diz que Zambelli e Delgatti debateram fraudes nas urnas com Bolsonaro antes da eleição

Cid diz ao STF que recebeu 'dinheiro' de Braga Netto em plano para monitorar Moraes

Greve de caminhoneiros em Minas Gerais ameaça abastecimento de combustível