Brasil

Não tenho nenhuma pretensão de presidir o PSDB, diz Alckmin

Alckmin passou a ser cogitado frente a uma potencial disputa entre o senador Tasso Jereissati e o governador de Goiás, Marconi Perillo

Alckmin: "Todo o esforço é para unir o PSDB. Por que os dois não participam da direção partidária?" (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Alckmin: "Todo o esforço é para unir o PSDB. Por que os dois não participam da direção partidária?" (Rovena Rosa/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 19h28.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 6, não ter intenção de disputar a presidência do partido na convenção marcada para o dia 09 de dezembro.

Seu nome passou a ser cogitado frente a uma potencial disputa entre o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador de Goiás, Marconi Perillo, que já declararam interesse em ocupar o posto. Alckmin sugeriu até a divisão do comando entre os dois tucanos.

"Não tenho nenhuma pretensão de presidir o partido. Todo o esforço é para unir o PSDB. Por que os dois não participam da direção partidária?", afirmou após participar de cerimônia no Palácio dos Bandeirantes na qual foi assinado o compromisso de realização do Fórum Econômico Mundial para a América Latina na capital paulista, no ano que vem.

O impasse sobre o novo presidente do PSDB e o temor de uma disputa fratricida na legenda levaram setores do partido a defender uma terceira via.

A proposta repetiria o que o PSDB fez em 2013, quando o senador Aécio Neves foi reeleito presidente da sigla antes de iniciar sua pré-campanha presidencial. O mesmo fez o ex-governador Eduardo Campos, que presidia o PSB quando entrou na campanha naquele ano.

Questionado sobre o artigo no qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu o desembarque da sigla do governo do presidente Michel Temer, Alckmin disse que FHC defendeu apenas a posição do partido, a de que o compromisso é apenas com as reformas, e lembrou que a permanência da sigla na Esplanada dos Ministérios está vinculada à aprovação delas.

"FHC age como estadista, sua palavra é sempre ouvida", acrescentou.

Alckmin também disse não ter conhecimento de nenhuma reação que o artigo do ex-presidente possa ter causado no governo. Interlocutores de Michel Temer relataram que ele teria ficado irritado com FHC, que estaria agindo com vistas às eleições de 2018.

O presidente no entanto negou ter emitido qualquer opinião a respeito. "Presidente da República não fica irritado", afirmou.

Também presente ao evento, o prefeito João Doria evitou falar sobre o partido e sobre as eleições de 2018, delegando as perguntas a Alckmin.

Acompanhe tudo sobre:Geraldo AlckminPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPSDB

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU