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No TSE, PSDB defende que delações sejam utilizadas como prova

Para a acusação, o juiz pode usar provas que não estavam previstas na petição inicial, sem que isso viole o princípio de contraditório

Chapa Dilma-Temer: os dois advogados do PSDB evitaram fazer acusações diretas contra Temer (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

Chapa Dilma-Temer: os dois advogados do PSDB evitaram fazer acusações diretas contra Temer (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de junho de 2017 às 21h37.

Última atualização em 6 de junho de 2017 às 21h39.

Brasília - Os advogados do PSDB, autor das ações que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer, defenderam que os depoimentos dos delatores da Lava Jato sejam usados como prova de que houve abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2014.

Falaram pelo PSDB os advogados José Eduardo Alckmin e Flávio Henrique Costa Pereira.

Para a acusação, a ex-presidente Dilma Rousseff tinha conhecimento das irregularidades cometidas no âmbito da Petrobras e que os recursos desviados da estatal foram destinados ao enriquecimento de pessoas físicas e jurídicas.

Os dois advogados, porém, evitaram fazer acusações diretas contra o presidente Michel Temer, já que, agora, o PSDB faz parte da base aliada do peemedebista.

Eles também rebateram as alegações da defesa de Dilma de que os depoimentos dos delatores da Lava Jato não poderiam ser usados no julgamento.

Para a acusação, o juiz pode usar provas que não estavam previstas na petição inicial, sem que isso viole o princípio de contraditório.

"A ação, não por acaso, se chama de ação de investigação eleitoral", disse Alckmin.

A acusação também afirmou que está claro que "ilícitos foram perpetrados", configuram abuso de poder econômico e político e houve "falta de observância das regras de arrecadação e despesas de campanha".

O advogado Costa Pereira alegou ainda que houve irregularidades na contratação das gráficas usadas durante a campanha.

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