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Números da covid-19 melhoram em SP, e secretário vê "luz no fim do túnel"

Pico da média móvel de mortes causadas pela covid-19 foi observado na semana de 22 de maio, quando começou a apresentar queda

Pessoas pegam ônibus em São Paulo: em números brutos, o pico de mortes relacionadas à covid-19 na capital veio em 2 de junho (Roberto Parizotti/Fotos Públicas)

Pessoas pegam ônibus em São Paulo: em números brutos, o pico de mortes relacionadas à covid-19 na capital veio em 2 de junho (Roberto Parizotti/Fotos Públicas)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2020 às 15h23.

Última atualização em 14 de agosto de 2020 às 16h09.

O governo do estado de São Paulo apresentou novos dados sobre a covid-19 que mostram uma melhora da situação da pandemia. A taxa de ocupação dos leitos de UTI chegou à média geral de 57,8%, nesta sexta-feira, 14, enquanto todas as regiões estão abaixo dos 80%, os menores índices desde o início da retomada da economia.

A taxa de letalidade também é de 3,9%, a mais baixa até aqui. "Já estamos no período de inflexão e saímos do platô", afirmou o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn.

O platô ocorre quando, geralmente após um pico, os números de infectados se estabiliza e permanece sem grandes variações por um período de tempo.

De acordo com Gorinchteyn, ainda é preciso acompanhar a evolução dos dados, mas os números registrados até aqui indicam uma mudança positiva para o estado. "Ainda estamos observando e é cedo para nos anteciparmos, mas é uma grande possibilidade e a luz no fim do túnel que estamos enxergando nas próximas semanas."

O prefeito Bruno Covas (PSDB) participou da entrevista coletiva e destacou que a capital paulista já registra dez semanas de queda nos óbitos e menos da metade dos leitos de UTI ocupados por três dias consecutivos. A melhora significa uma evolução de 48 pedidos diários de internação vistos em maio para 29, neste mês.

"O governo de São Paulo conseguiu achatar a curva de mortes, entramos no platô e agora estamos na tendência de queda", afirmou Covas, acrescentando: "Apesar do momento de flexibilização, permanecemos em quarentena. Quem puder, permaneça em casa. E, se for sair, utilize a máscara."

Em números brutos, o pico de mortes relacionadas à covid-19 na capital veio em 2 de junho, quando foram registradas 129 vítimas fatais da doença. Entretanto, a alta da média móvel, que considera os dados dos últimos sete dias, foi observada na semana de 22 de maio, quando começou a apresentar queda no gráfico.

O vice-governador Rodrigo Garcia também anunciou que ainda não houve nenhuma regressão no Plano São Paulo e que 84% de toda a população do estado já está em regiões da fase amarela do programa.

É a primeira vez que isso acontece em três meses, de acordo com o governo. Por videoconferência, o governador João Doria, que na quarta-feira, 12, testou positivo para a covid-19, reforçou a importância do isolamento social e recomendações sanitárias para a manutenção desse índice.

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