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Nunes instala faixa sobre passageira morta em mototáxi; 99 chama prefeitura de oportunista

No último sábado, Larissa Barros Maximo Torres, de 22 anos, faleceu após acidente envolvendo um carro e a moto que prestava serviço de transporte

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 27 de maio de 2025 às 09h58.

A prefeitura da cidade de São Paulo instalou nesta semana uma faixa no trecho da Avenida Tiradentes, na região central da capital, onde informa que uma passageira do serviço de moto por aplicativo morreu durante um acidente de trânsito.

A faixa diz: "A CET registrou neste local a morte de uma passageira que usava o serviço de mototáxi da empresa 99. O serviço de mototáxi é proibido — preserve sua vida".

No último sábado, Larissa Barros Maximo Torres, de 22 anos, faleceu após acidente envolvendo um carro e a moto que prestava serviço de transporte. 

Em janeiro, quando o imbróglio entre as empresas de aplicativo e a prefeitura começou, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que mandaria colocar uma faixa dizendo que a 99 matou uma pessoa quando o primeiro acidente ocorresse.

O chefe do executivo municipal disse ainda que o serviço causaria uma carnificina na cidade, que tem mais de 1,3 milhão de motos em circulação. No ano passado, 364 pessoas em acidentes envolvendo motos no ano passado.

As empresas afirmam que operam em várias cidades pelo país, que o serviço é seguro e que há jurisprudência no Supremo Tribunal Federal (STF) para liberar a operação na cidade. 

Em nota, a 99 afirmou que vê como "desrespeito" e "oportunismo" a ação da prefeitura e disse que recebeu com pesar a notícia do acidente e esclarece que já está prestando o devido apoio e acompanhando de perto o caso e oferecendo suporte integral aos envolvidos., com cobertura de seguro, apoio psicológico e auxílio-funeral.

"É lamentável o comportamento de uma administração que abriu mão das metas de redução de mortes no trânsito da Cidade e se calou diante das mais de 3 mil vidas ceifadas pelo trânsito paulistano muito antes e sem qualquer relação com a operação de motoapps, mas já durante sua administração", disse.

Na segunda-feira, a Justiça voltou a proibir o serviço e determinou uma multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento. A Uber e a 99, que operavam o mototáxi na cidade, já anunciaram a suspensão do serviço.

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