Redação Exame
Publicado em 27 de maio de 2025 às 10h05.
A “onda polar” é um fenômeno meteorológico caracterizado pela entrada de uma massa de ar frio de origem polar, ou seja, que se forma em regiões próximas aos polos, como a Antártida, e que avança pelo continente causando uma queda acentuada das temperaturas.
Diferentemente de uma frente fria comum, essa massa de ar polar é mais intensa e com características específicas de temperatura e umidade, funcionando como uma “bolha” atmosférica que mantém seu perfil frio enquanto se desloca.
No Brasil, a onda polar prevista para o final de maio e início de junho de 2025 tem origem na Antártida e deve provocar uma queda significativa das temperaturas principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu avisos de perigo para diversos estados, com previsão de mínimas abaixo de 10°C em capitais como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Campo Grande.
O fenômeno ocorrerá em duas fases principais: a primeira, a partir do dia 27 de maio, com avanço da frente fria e chuvas no Sul; a segunda, entre 31 de maio e 1º de junho, com reforço do ar polar que provocará a queda mais intensa das temperaturas no Sudeste e Centro-Oeste.
Os efeitos da onda polar são variados e incluem:
Cientificamente, a onda polar ocorre devido ao deslocamento de massas de ar muito frias que se originam em regiões polares e avançam pelo continente, influenciadas pela circulação atmosférica e pela configuração dos sistemas meteorológicos, como frentes frias e bloqueios atmosféricos.
A massa de ar frio tem característica continental, o que significa que ela perde umidade e ganha intensidade de resfriamento ao atravessar o continente, potencializando a queda de temperatura nas regiões afetadas.
A combinação desses fatores cria um cenário propício para frio extremo e mudanças climáticas locais.