Brasil

O risco de defender Cunha

A novela de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, prevista para terminar esta semana, terá novos capítulos. Com ela, uma dúvida desponta no Congresso. Qual o risco político de defender Cunha, o político com maior rejeição do Brasil? A questão veio à tona ontem após as declarações do pré-candidato do PRB à prefeitura de São […]

EDUARDO CUNHA: qual o tamanho do risco político de defender o deputado no Conselho de Ética e no Plenário?  / Ueslei Marcelino/Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)

EDUARDO CUNHA: qual o tamanho do risco político de defender o deputado no Conselho de Ética e no Plenário? / Ueslei Marcelino/Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2016 às 06h37.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h34.

A novela de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, prevista para terminar esta semana, terá novos capítulos. Com ela, uma dúvida desponta no Congresso. Qual o risco político de defender Cunha, o político com maior rejeição do Brasil?

A questão veio à tona ontem após as declarações do pré-candidato do PRB à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno. Ele defendeu que sua colega de partido Tia Eron votasse pela punição a Cunha e, depois, garantiu que ela terá liberdade para votar como quiser. Seu medo é conhecido até pelos microfones da comissão de ética: que o PRB seja visto, nas eleições de outubro, como o partido que salvou Cunha.

O próprio governo se apressou a dizer ontem, pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que terá “influência zero” para salvar Cunha. A resposta veio rebater os boatos de que Michel Temer teria feito um acordo com o presidente do PRB e ministro da Indústria, Marcos Pereira, para garantir que Tia Eron livrasse o presidente afastado. Seria um acordo potencialmente explosivo para o opinião pública.

As preocupações vão além. EXAME Hoje apurou que ao menos dois dos dez membros do Conselho que votarão a favor de Cunha são pré-candidatos para prefeituras: Whashington Reis, em Duque de Caxias, no Rio, e Sergio Moraes, em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Além deles, o deputado Wellington Roberto pode ter o filho, Bruno Roberto, como vice na chapa de Veneziano Vital do Rêgo, em Campina Grande, na Paraíba. Em São Luís, André Fufuca, do PP, trabalha para eleger Wellington do Curso .

Sergio Moraes chegou a dizer que mais importante que olhar para o pleito municipal é “condenar um inocente”. Se o relatório passar no Conselho de Ética, chega a vez do Plenário, onde o voto é aberto. Ali, serão 513 deputados. Quem dará a cara a tapa?

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Brasil

Erika Hilton apresenta hoje proposta para acabar com escala 6x1

Sul sofrerá com onda de calor, enquanto 18 estados terão chuvas intensas nesta terça

Lula se reúne hoje com centrais sindicais falar do FGTS de quem optou por saque-aniversário

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular