Brasil

OAB condena celebração do golpe de 64 estimulado por Bolsonaro

"Não podemos dividir ainda mais uma nação já fraturada", afirma o presidente da OAB

Bolsonaro: presidente propôs uma comemoração do golpe de 31 de março de 1964 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Bolsonaro: presidente propôs uma comemoração do golpe de 31 de março de 1964 (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2019 às 12h51.

São Paulo - O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil Felipe Santa Cruz criticou nesta quarta-feira, 27, a proposta do presidente Jair Bolsonaro de estabelecer a comemoração do golpe de 31 de março de 1964. Em manifestação pública, Santa Cruz afirma que "comemorar a instalação de uma ditadura que fechou instituições democráticas e censurou a imprensa é querer dirigir olhando para o retrovisor, mirando uma estrada tenebrosa".

Santa Cruz aponta que o país vive "um cenário de crise econômica, com quase 13 milhões de desempregados". Ele sugere "olhar para a frente e tratar do que importa: o futuro do povo brasileiro".

"Não podemos dividir ainda mais uma nação já fraturada", afirma o presidente da OAB. "A quem pode interessar celebrar um regime que mutilou pessoas, desapareceu com seus inimigos, separou famílias, torturou tantos brasileiros e brasileiras, inclusive mulheres grávidas? Não podemos permitir que os ódios do passado envenenem o presente, destruindo o futuro", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:DitaduraOABJair Bolsonaro

Mais de Brasil

Polícia Federal pode suspender emissão de passaportes por falta de verba

Deputados protocolam PEC da Reforma Administrativa

Após declaração de Lula, governo diz 'não tolerar' tráfico de drogas