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Ocupação hoteleira em julho registra média de 65% no país

Houve aumento de turistas argentinos, uruguaios, chilenos, paraguaios e colombianos, principalmente no Rio de Janeiro

Aumento da ocupação hoteleira aconteceu na maior parte das regiões do Brasil (Caroline Hoos/ Stock.XCHNG/Divulgação)

Aumento da ocupação hoteleira aconteceu na maior parte das regiões do Brasil (Caroline Hoos/ Stock.XCHNG/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de julho de 2018 às 19h00.

O final da Copa do Mundo e a alta do dólar elevaram o turismo doméstico na segunda quinzena de julho e, em consequência, a ocupação hoteleira nacional mostrou recuperação, atingindo média de 65% no país, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih Nacional).

De acordo com o levantamento, houve aumento de turistas argentinos, uruguaios, chilenos, paraguaios e colombianos, principalmente no Rio de Janeiro. No território fluminense, os finais de semana de julho no interior, em especial na região serrana, vêm registrando taxa média de ocupação de 88% a 90%. Na capital, a expectativa é fechar o mês com 60% de ocupação, superando os 56,85% do ano passado.

O aumento da ocupação hoteleira aconteceu na maior parte das regiões do Brasil, comprova a pesquisa. "Na maioria, houve recuperação, apesar da Copa", disse o presidente da Abih, Manoel Linhares.

No Ceará, a capital Fortaleza mostrou média em julho de 83%, em razão, principalmente, do Fortal, o carnaval fora de época. No ano passado, a ocupação foi da ordem de 82%. Na Bahia, a taxa superou 60% de ocupação, número superior aos 56,8% registrados no mesmo período de 2017.

Enquanto a ocupação dos hotéis alcançou 76% no Rio Grande do Norte, Alagoas vem mantendo a ocupação, com média de 72% em julho.

Já em Pernambuco, houve retração em relação ao ano passado. A taxa ficou em 60% na capital, contra 65% em 2017. Em Porto das Galinhas, destino de uma quantidade crescente de turistas a cada ano, a taxa foi de 80%, em julho, contra 87% em igual período do ano passado, devido à Copa do Mundo.

Expectativas

Na Região Sul, Santa Catarina também apresentou queda na ocupação na primeira quinzena de julho e tem expectativa de fechar o mês com taxa de 70%, inferior aos 82% de 2017. No Rio Grande do Sul, a capital teve ocupação de 57%, acima dos 51% registrados no mesmo mês do ano passado. Na serra gaúcha, a cidade de Gramado deve alcançar 85% de ocupação, um ponto percentual abaixo do mesmo mês em 2017.

No Paraná, a capital deve fechar o mês com 63%, enquanto Foz do Iguaçu tem expectativa de atingir média de 76%.

Em São Paulo, julho teve crescimento de ocupação no litoral e interior de 4% a 7% respectivamente, em relação a 2017. Na capital, houve expansão de 1% na ocupação durante o mês, uma vez que o período de férias reduz a hospedagem de negócios.

Divulgação

Manoel Linhares disse que para manter uma taxa de ocupação elevada, o Brasil precisa de divulgação. "O nosso gargalo é a divulgação. Os governos têm que investir em divulgação, infraestrutura e segurança. Se todo presidente, todo governador, todo prefeito, investisse na indústria do turismo, com certeza nós não estaríamos com esses milhões de desempregados de maneira nenhuma".

O presidente da Abih Nacional disse ser vergonhoso que o Brasil tenha menos de 6 milhões de turistas, enquanto Cancun, no México, com apenas 32 quilômetros de praias, recebe 22 milhões de turistas.

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