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Opas: pandemia avança perigosamente no Brasil e pode afetar vizinhos

Opas informou que a situação também afeta países vizinhos, como Venezuela, Bolívia e Peru, e requer a adoção de medidas restritivas

Opas: Etienne argumentou que as restrições e medidas de segurança sanitária devem persistir até que ao menos 70% das pessoas em cada uma das nações sejam vacinadas (Ricardo Moraes/Reuters)

Opas: Etienne argumentou que as restrições e medidas de segurança sanitária devem persistir até que ao menos 70% das pessoas em cada uma das nações sejam vacinadas (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de março de 2021 às 14h30.

Última atualização em 23 de março de 2021 às 15h02.

A diretora-geral da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, disse nesta terça-feira, 23, que o Brasil registra um avanço perigoso da pandemia do coronavírus, em situação que também afeta países vizinhos, como Venezuela, Bolívia e Peru, e requer a adoção de medidas restritivas pela população.

Segundo o gerente de Incidentes da Opas, Sylvain Aldighieri, 23 estados brasileiros reportaram pelo menos 85% dos leitos ocupados, nível considerado "muito alto" por Etienne.

Etienne afirmou que, na última semana, cerca de 1,2 milhão de pessoas contraíram a covid-19 nas Américas, com os casos nos Estados Unidos e Canadá se estabilizando após sofrerem redução, no caso americano, e alta, no canadense.

Ante a piora da pandemia na América Latina, Etienne alertou para a necessidade de acelerar a vacinação na região por meio da doação de doses de imunizantes por países que possuem excedentes. Ela informou ainda que a Opas espera 100 mil doses da iniciativa Covax nesta semana, além de mais 1,2 milhão já garantidas às Américas.

O diretor assistente da instituição, Jarbas Barbosa, disse, porém, que a oferta de vacinas à América Latina deve seguir limitada nos próximos meses, e as doses que serão enviadas até o fim de março deverão ser distribuídas apenas aos grupos mais vulneráveis das populações de cada país.

Etienne argumentou que as restrições e medidas de segurança sanitária devem persistir até que pelo menos 70% das pessoas em cada uma das nações sejam vacinadas, número considerado seguro diante do objetivo de controlar a pandemia.

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