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Operação descobre onze operadores de propinas na Petrobras

A Diretoria de Serviços foi comandada por Renato Duque, alvo da investigação, que foi indiciado para o cargo pelo PT


	João Vaccari Neto: tesoureiro do PT é suspeito de ser o principal operador da Serviços, área estratégica da estatal
 (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

João Vaccari Neto: tesoureiro do PT é suspeito de ser o principal operador da Serviços, área estratégica da estatal (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 10h20.

Curitiba - A Operação My Way, nona fase da Lava Jato, anunciou nesta quinta-feira, 5, que um grupo de onze operadores agia na Diretoria de Serviços da Petrobras para pagamento de propinas.

A Diretoria de Serviços foi comandada por Renato Duque, alvo da investigação, que foi indiciado para o cargo pelo PT.

Segundo a Procuradoria da República e a Polícia Federal, o tesoureiro do PT João Vaccari Neto é suspeito de ser o principal operador da Serviços, área estratégica da estatal petrolífera porque por ela passavam todos os procedimentos de licitações e contratações.

A PF faz buscas na casa de Vaccari, em São Paulo. Contra ele foi expedido mandado de condução coercitiva.

Vaccari foi acusado pelo delator Pedro Barusco, ex-gerente da Diretoria de Serviços, de receber propinas. Barusco chamava Renato Duque de "My Way", por isso o nome da operação deflagrada hoje.

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima disse que a My Way está na fase de "semeadura de provas".

Ele declarou que a força tarefa quer saber de Vaccari Neto "informações a respeito de doações que ele solicitou, legais ou ilegais, envolvendo pessoas que mantinham contratos com a Petrobras".

"Esse é basicamente o motivo pelo qual está sendo ouvido nesse momento", declarou o procurador. Indagado se o dinheiro ia para o PT, o procurador disse. "Não posso dizer exatamente o destino porque nem sempre doações passam pelo caminho legal."

Uma grande empresa de Santa Catarina também foi alvo de busca. Segundo a polícia, a companhia supostamente pagaria propina em negócios com a BR Distribuidora em troca de informações privilegiadas e contratos direcionados para ela.

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