Agência de notícias
Publicado em 22 de outubro de 2025 às 09h56.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Civil de São Paulo e a Secretaria de Estado da Fazenda deflagraram nesta quarta-feira a Operação Plush, que busca desarticular um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) em lojas de brinquedos.
A Justiça autorizou o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão — quatro deles em estabelecimentos de shopping centers na capital, em Guarulhos e em Santo André.
Entre os alvos da ação estão a empresária Natalia Stefani Vitoria, viúva de Cláudio Marcos de Almeida, o "Django", e a irmã dela, Priscila Carolina Vitoria Rodrigues.
Segundo o Ministério Público, as investigadas são ligadas a Django, descrito como “participante ativo e de destaque do comércio de drogas em larga escala, além de armamento pesado para a facção”. Ele foi assassinado em janeiro de 2022, em meio a disputas internas da organização criminosa.
Os investigadores apuraram que a ex-companheira de Django e a irmã não possuíam ocupação lícita declarada — ainda assim, “realizaram vultosos investimentos” em quatro lojas de uma rede de franquias. A operação recebeu o nome de Plush em referência ao ramo das atividades do grupo: o comércio de pelúcias.
O Poder Judiciário também autorizou o sequestro e o bloqueio de bens e valores no total de R$ 4,3 milhões para garantir futura reparação do dano, pagamento de custas processuais e de penas pecuniárias.
Em abril do ano passado, na Operação Fim da Linha, o nome de Django foi citado como um dos principais cotistas da UPBUS, empresa de transporte por ônibus utilizada por integrantes do PCC para lavar dinheiro de origem ilícita.