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Osmar Terra: Incentivo à cultura não pode se concentrar no eixo RJ-SP

Em entrevista, o ministro das Cidades disse que o setor cultural tem que ser democratizado

Osmar Terra: ele destacou a necessidade de o governo federal voltar os incentivos fiscais ao fomento da cultura nacional (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Osmar Terra: ele destacou a necessidade de o governo federal voltar os incentivos fiscais ao fomento da cultura nacional (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de maio de 2019 às 10h39.

Brasília — O ministro da Cidadania, Osmar Terra, criticou nesta terça-feira (7) o sistema de isenção fiscal adotado pelos últimos governos do Brasil para a promoção da cultura.

Para ele, o setor tem que ser democratizado. "Estava ocorrendo uma concentração excessiva no eixo Rio-São Paulo, concentração em alguns artistas e não em outros. Não queremos acabar com a cultura no Rio ou em São Paulo. O que a gente quer é que isso seja democratizado", disse.

O ministro participou do programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, e comentou as novas regras da então Lei Rouanet, que passou a se chamar Lei de Incentivo à Cultura.

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Terra destacou a necessidade de o governo federal voltar os incentivos fiscais ao fomento da cultura nacional. "A literatura de cordel não tem incentivo nenhum. O [espetáculo circense internacional] Circo de Soleil recebeu milhões [em incentivo]. Não tem sentido isso".

Ele disse que conversou com o presidente Jair Bolsonaro e, juntos, chegaram ao limite de R$ 1 milhão em captação de recursos por projeto.

"O presidente e eu fomos discutindo e entendemos que era um limite razoável. E eu posso dizer que mais de 90% das atividades financiadas pela lei não passam de R$ 1 milhão". Osmar Terra acrescentou que não houve redução no valor total disponibilizado pela lei, apenas mudança nas regras de captação por projeto.

Bolsa Família

Durante sua participação no programa, o ministro também afirmou que o Bolsa Família chega ao maior poder aquisitivo da sua história. Isso se deve ao acréscimo do décimo terceiro ao programa e à redução da inflação no país.

"Agora, o Bolsa Família vai chegar ao maior poder aquisitivo da sua história. E vai irrigar com R$ 2,5 bilhões a economia dos estados, dos municípios pequenos, dos bairros mais pobres. É uma conquista importante e veio pra ficar. [A parcela do décimo terceiro] será paga junto com o benefício de dezembro", explicou.

O ministro citou ainda um programa em estudo pelo governo federal para geração de emprego e renda. Nele, o jovem desempregado e que não está estudando será incentivado a buscar uma profissão, com apoio do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sebrae, Senar, Sescoop, Sest, Senat).

"Vamos focalizar nos jovens que nem trabalham, nem estudam, e oferecer, inclusive, microcrédito. Um dinheiro que fica parado no Banco Central como depósito compulsório dos bancos. Vamos, com o Sistema S, ajudar esses jovens a encontrar uma profissão", finalizou.

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