Padilha: o novo ministro da Saúde tem 53 anos, é médico de formação, doutor em Saúde Coletiva e deputado federal licenciado (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 10 de março de 2025 às 17h15.
Empossado nesta segunda-feira, 10, como o novo ministro da Saúde, no lugar de Nísia Trindade, Alexandre Padilha afirmou em seu discurso que sua principal meta será reduzir o tempo de espera para atendimentos especializado no Sistema Único de Saúde (SUS).
"Volto com mais energia e com uma obsessão: reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país. Todos os dias vou trabalhar para buscar o maior acesso e o menor tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado. Não há solução mágica para um gargalo que ultrapassa décadas", disse durante evento no Palácio do Planalto.
A declaração do ministro está vinculada ao programa Mais Acesso a Especialidades, que tem como objetivo diminuir o tempo de espera para consultas e exames especializados nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. Essa iniciativa já foi mencionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevistas como uma das grandes possibilidades de entrega da gestão.
Além disso, Padilha disse que o governo pretende adotar um novo modelo de pagamento para estados, municípios e prestadores de serviços da rede pública, recompensando aqueles que conseguirem reduzir os prazos de atendimento. A proposta é “enterrar” a atual tabela do SUS, considerada desatualizada e ineficiente.
Ex-ministro das Relações Institucionais, Padilha tem 53 anos, é médico de formação, doutor em Saúde Coletiva e deputado federal licenciado. Ele comandou o Ministério da Saúde entre 2011 e 2014, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff.
Em seu novo cargo, Padilha ressaltou que, enquanto chefe da pasta, os principais inimigos a serem enfrentados serão o “negacionismo e as ideologias que desprezam a vida”.
"Na política, na SRI, nunca tive inimigos, mas adversários. Na saúde, terei sim um inimigo: o negacionismo e as ideologias que desprezam a vida", afirmou o novo ministro.
Em seu discurso de despedida, a ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez críticas a uma suposta "campanha misógina" que, segundo ela, teve como objetivo desvalorizar seu trabalho à frente da pasta.
"Não posso esquecer que durante os 25 meses em que fui ministra uma campanha sistemática e misógina ocorreu de desvalorização do meu trabalho, da minha capacidade e da minha idoneidade. Não é possível e acho que não devemos aceitar como natural comportamento político desta natureza", disse.