Brasil

Padilha mira 2º turno e diz que bateria do PSDB acabou

Candidato do PT tentou minimizar o impacto da saída do PP de sua coligação no último dia previsto em lei para a oficialização das alianças


	Alexandre Padilha: ex-ministro será candidato ao governo de São Paulo pelo PT
 (Elza Fiúza/ABr/Agência Brasil)

Alexandre Padilha: ex-ministro será candidato ao governo de São Paulo pelo PT (Elza Fiúza/ABr/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 20h24.

São Paulo - O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, tentou minimizar o impacto da saída do PP de sua coligação no último dia previsto em lei para a oficialização das alianças.

Durante coletiva concedida na tarde desta terça-feira, 1º, no centro da capital, para apresentação de seu vice na chapa, o sindicalista Nivaldo Santana (PCdoB), Padilha ressaltou sua disposição em negociar, mas tratou de colocar o antigo aliado entre os que "já governaram".

"Sempre fizemos questão de fazer aliança, mas as forças que já governaram o Estado resolveram se reunir em uma outra candidatura, isso faz parte da política", disse, em referência ao PSDB e ao PMDB, que governou o Estado na década de 90 e agora tem o apoio do ex-governador Paulo Maluf.

O ex-ministro citou sua experiência de décadas na política para dizer que não ficou surpreso com a decisão do partido de Maluf. "A chapa, como está formada, é a única capaz de fazer a ‘mudança de verdade’", completou. O slogan de campanha do petista foi repetido diversas vezes durante a entrevista. O petista refutou a ideia de que sua candidatura possa perder penetração no interior paulista sem o apoio de Maluf.

Padilha afirmou que as forças políticas do Estado se dividiram em três campos distintos: "Quem governa há 20 anos (PSDB), quem governou 20 anos antes (sobre PMDB e PP) e a única que vai governar o Estado pela primeira vez, que somos nós (PT)".

Depois de apresentar a chapa, Padilha reafirmou que seu único adversário é o governo do PSDB, que está no poder há 20 anos. Ele confirmou que a intenção é fazer uma polarização que aponte as falhas da atual administração e disse que a bateria do PSDB acabou. "Nunca foi tão sólida a possibilidade de segundo turno em São Paulo", afirmou.

Ao falar da formação da chapa, Padilha enfatizou o papel de seu vice, Nivaldo Santana, que tem um histórico ligado à Sabesp. "Nesta coligação água não vai faltar", disse, numa referência ao problema de falta d'água enfrentado pelo Estado atualmente.

Discurso afinado

Presente no encontro, o senador candidato à reeleição Eduardo Suplicy foi na mesma direção do líder da chapa petista ao minimizar a ausência de última hora do partido de Paulo Maluf. Para Suplicy, a candidatura de Padilha dialoga bem com movimentos populares sem a presença do PP. "A coligação, como foi formada, enfatiza mais claramente a característica de candidatura progressista do PT (em São Paulo)", afirmou o senador.

O candidato ao Senado negou que tenha faltado apoio de Lula no momento da oficialização dos partidos aliados. Para Suplicy, Lula foi e será muito importante na candidatura do ex-ministro da Saúde.

A chapa completa do PT é formada por Alexandre Padilha e Nivaldo Santana (PCdoB), como candidatos a governador e vice. Os dois suplentes de Eduardo Suplicy são José Tadeu Candelária (PR) e Rozane Sena.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilPartidos políticosEleiçõesEleições 2014Alexandre Padilha

Mais de Brasil

Previsão do tempo: semana em SP terá alternância entre tempo seco e pancadas de chuva

Laudo aponta que baixa temperatura causou explosão em fábrica da Enaex no Paraná

Lula se prepara para viajar aos EUA após rebater Trump sobre condenação de Bolsonaro

CPI do INSS: suspeito de liderar fraudes em descontos será ouvido nesta segunda-feira, 15