Brasil

País investe 0,11% do PIB em saneamento, diz OMS

O lentamento aponta essa como a quarta pior marca de investimento do PIB no setor


	Falta de saneamento: estudo aponta má utilização de recursos pelo poder público
 (Agencia Brasil)

Falta de saneamento: estudo aponta má utilização de recursos pelo poder público (Agencia Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 10h31.

São Paulo - Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o Brasil é o País que mais investe em saneamento básico e acesso à água potável entre nações que ainda estão em desenvolvimento - um total de US$ 11,7 bilhões.

Os números são relativos a 2012 e fazem parte do Relatório de Análise Global e Avaliação de Água Potável e Saneamento (Glaas, na sigla em inglês), que reúne dados de 93 países da América, África e Ásia.

No entanto, em relação ao Produto Interno Bruto, os recursos deixam a desejar e representam apenas 0,11%, a quarta pior marca, na frente só de Sérvia (0,06%), Cuba (0,02%) e Uruguai (0%).

Essa é a segunda vez que o Brasil faz parte do levantamento. Em relação a 2012, o Brasil se manteve estável nos recursos para saneamento, água potável e higiene, investindo cerca de 75% do necessário para o setor.

De acordo com o relatório, 59% dos gastos são para aumentar o porcentual de água potável disponível para a população.

O principal gargalo apresentado pela pesquisa não é a falta de recursos no País, mas sim a má utilização pelo poder público. Menos de 50% do planejamento orçamentário para o orçamento é executado, revertendo em obras e investimento no setor.

Nesse patamar, a implementação de um serviço adequado para a população se torna "insuficiente", de acordo com o levantamento.

O Brasil é o terceiro País onde o usuário da água mais contribui com o investimento em saneamento básico. Cerca de 78% do valor investido pelo governo sai do bolso do consumidor. Apenas no Uruguai (81%) e na Colômbia (80%) esse patamar é maior.

Melhorias

Os investimentos em saneamento e água potável registraram crescimento de 30% entre 2010 e 2012, passando de US$ 8,3 bilhões para 10,9 bilhões em recursos. Esse aumento fez, por exemplo, 2,3 bilhões de pessoas terem acesso a fontes diárias de água potável no mundo.

Além disso, caiu a proporção de crianças que morrem por doenças ligadas à má qualidade da água: de 1,5 milhão para cerca de 600 mil ao ano.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaOMS (Organização Mundial da Saúde)Saneamento

Mais de Brasil

PGR defende que Collor vá para prisão domiciliar

Dino suspende pagamento de emendas parlamentares de saúde sem conta bancária específica

Oposição formaliza pedido de CPI do INSS com 184 assinaturas e aumenta pressão pela saída de Lupi