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Para derrubar denúncia, Temer deve redistribuir cargos

A negociação tem sido em torno principalmente de dois ministérios hoje ocupados pelo PSDB, que tem ameaçado deixar a base aliada do governo

Michel Temer: o PSDB tem ameaçado deixar o governo (REUTERS/Adriano Machado/Reuters)

Michel Temer: o PSDB tem ameaçado deixar o governo (REUTERS/Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de julho de 2017 às 18h17.

Brasília - O presidente Michel Temer deve ampliar o espaço dos partidos do chamado no Centrão no governo como retribuição ao apoio que recebeu na tentativa de derrubar a denúncia da Procuradoria-Geral da República na Câmara.

A negociação tem sido em torno principalmente de dois ministérios hoje ocupados pelo PSDB: Cidades e a Secretaria de Governo.

Nesta semana, PP, PR, PSD e PR fecharam questão para votarem pelo não seguimento da denúncia contra Temer.

Por outro lado o PSDB, até agora principal aliado do governo, liberou a bancada e tem ameaçado deixar o governo.

Durante as negociações com o Palácio do Planalto, integrantes do Centrão manifestaram desejo de ocupar essas pastas. Dois desses partidos, PP e PSD, já comandaram o Ministério das Cidades.

A pasta, que tem um orçamento robusto e muita capilaridade nos municípios, é vista como um trunfo diante da proximidade das eleições de 2018.

A Secretaria de Governo também interessa ao grupo porque o ministro tem a caneta na mão para liberar o pagamento das emendas parlamentares.

Uma eventual substituição, porém, é prevista apenas para depois da votação da primeira denúncia, que pode acontecer somente em agosto.

Juntos, os quatro partidos que manifestaram apoio a Temer mais o PMDB, somam 185 votos, o suficiente para barrar o seguimento da investigação.

Além do Ministério das Cidades e da Secretaria de Governo, o PSDB também ocupa hoje os ministérios das Relações Exteriores e Direitos Humanos. Há ainda outras duas pastas vagas na Esplanada: Cultura e Transparência.

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