Brasil

Para diretor da Aneel, desligamento evitou “desastre maior”

O diretor da agência disse que o desligamento da carga determinado pelo ONSontem evitou que o abastecimento de energia entrasse em risco


	Cabos de transmissão de energia elétrica: operação de cortar o repasse de energia foi preventiva, segundo diretor
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Cabos de transmissão de energia elétrica: operação de cortar o repasse de energia foi preventiva, segundo diretor (Adriano Machado/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 14h27.

Brasília - O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Reive Barros, disse hoje que o desligamento da carga determinado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ontem (19), evitou que o abastecimento de energia no país entrasse em risco.

Segundo ele, a operação de cortar o repasse de energia foi preventiva, para equilibrar a produção e o consumo.

“Uma coisa é você desligar com controle. Outra coisa é você perder o controle e perder todas as usinas. Aí, o desastre é maior. Então, quando eu percebo que a carga está superior à capacidade de produção, eu corto carga para ficar equivalente à minha capacidade de produção. Do contrário, coloco o sistema em risco”, disse Barros.

Na tarde de ontem, restrições na transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas ao aumento da demanda no horário de pico, provocaram a redução na frequência elétrica, de acordo com o ONS.

O diretor explicou que foi programada  redução na faixa de 5% do consumo de energia, para que o controle do sistema fosse garantido.

Para o diretor, o país está enfrentando uma situação de coincidência entre o baixo nível dos reservatórios com elevado consumo.

Ele ressaltou que o ONS está atento às variações de demanda, para administrar não só automaticamente, mas manualmente, toda a carga e evitar dificuldades de operação.

“Principalmente em função do verão, você tem altas temperaturas e, consequentemente, um índice de utilização do sistema de refrigeração elevado. Os dois fatores fazem com que a operação do sistema seja feita com mais cuidado”, ressaltou.

Para André Pepitone, outro diretor da Aneel, é importante ressaltar que o sistema foi reestabelecido em uma hora, o que, segundo ele, prova a robustez do Sistema Interligado Nacional e que todos os equipamentos que buscam manter o controle do sistema funcionaram.

“Ao baixar a frequência, o ONS tomou as medidas corretas, diminuiu a carga, recuperou a frequência, e imediatamente o sistema voltou a operar”, disse. Para ele, o setor está sujeito a falhas, e exige atenção.

“Com certeza este ano é um ano que exige atenção. Tem que torcer para chover, né?"

Acompanhe tudo sobre:Energia elétricaServiçosEnergiaAneelONS

Mais de Brasil

Fachin se encontra com Papa Leão XIV no Vaticano antes de assumir presidência do STF

Brasil enfrenta onda de tempestades com risco de tornados nesta semana

Aviação brasileira supera número de passageiros do pré-pandemia em 8,5% e dá força a novos destinos

Dia do Gaúcho: por que 20 de setembro é considerado feriado no Rio Grande do Sul