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Paraná lança programa para atrair novas indústrias

Governo do estado vai alterar percentuais de impostos cobrados e estender prazos para pagamento do ICMS

Fábrica da Volkswagen no Paraná: governo do estado quer atrair empresas para o interior (Germano Lüders/EXAME)

Fábrica da Volkswagen no Paraná: governo do estado quer atrair empresas para o interior (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 11h01.

Curitiba – Para atrair novas indústrias ao interior do estado, o Paraná altera, a partir de hoje (25), os percentuais de impostos cobrados de empresas e estende os prazos de pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Além disso, o estado vai criar comitês para analisar de forma individual as solicitações de benefícios fiscais pelas empresas. O governo espera atrair novos investimentos nacionais e internacionais com o programa Paraná Competitivo que será assinado hoje em Londrina. A adoção de uma nova política fiscal busca, segundo o governo, ampliar a competitividade do estado, modernizando e flexibilizando a legislação atual.

Segundo o secretário de Fazenda, Luiz Carlos Hauly, com o programa, o Paraná passa a ter uma das "melhores políticas de atração de indústrias" das regiões Centro-Sul, Sul e Sudeste. “O projeto foca muito o interior do estado estimulando empresários a fazer novos investimentos com dilação do prazo para o pagamento de ICMS.” As empresas beneficiadas receberão descontos no ICMS, que vão variar de 10% a 90%, estendendo-se pelo prazo de dois a oito anos.

De acordo com o secretário, com as novas medidas, as empresas conseguirão aumentar sua capacidade de produção. O incentivo vale também para o consumo de energia elétrica, qualificação da mão de obra e infraestrutura

O secretário disse que o Paraná tem recebido delegações de empresários de todo o mundo, interessados em investir no estado. “O empresário analisa em detalhes a política de incentivos fiscais dos estados. Os decretos estão sendo assinados hoje, mas as negociações já começaram”, informou.

O governo paranaense pretende reverter sua posição no cenário nacional. De 2003 a 2009, a participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional caiu de 6,4% para 5,9%, e a participação nas exportações encolheu de 9,8% para 7%. No mesmo período, o PIB nacional avançou 4% em média e o paranaense cresceu 3,6%.

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