Brasil

Patriota condena violência na Síria

Ele criticou a falta de progresso nas negociações de paz entre palestinos e israelenses e o aumento de casos de islamofobia, assim como de racismo e de xenofobia


	O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: o ministro lembrou os impactos dos ataques dos drones (aviões não tripulados) sobre as populações civis e a necessidade de evitá-los.
 (Antonio Cruz/Abr)

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: o ministro lembrou os impactos dos ataques dos drones (aviões não tripulados) sobre as populações civis e a necessidade de evitá-los. (Antonio Cruz/Abr)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, condenou hoje (25) a violência na Síria, apelando para que a comissão que investiga as denúncias de violação de direitos humanos de ambos os lados – governo e oposição – realize seu trabalho. Também criticou a falta de progresso nas negociações de paz entre palestinos e israelenses e o aumento de casos de islamofobia, assim como de racismo e de xenofobia.
Patriota está em Genebra, na Suíça, onde participa da reunião denominada Segmento de Alto Nível da 22ª Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). O conselho existe há sete anos e é responsável pelo fortalecimento da promoção e proteção, assim como pelo tratamento de situações de violação dos direitos humanos.

Ao mencionar a crise na Síria, que completa dois anos em março, Patriota reiterou que a busca pela paz não pode ser “imposta”, nem ocorrer por meio do uso de “forças militares”. Segundo ele, é lamentável o registro de aumento de mortos, vítimas dos confrontos armados na região. As estimativas mais recentes superam 100 mil mortos.

O chanceler ressaltou a necessidade de buscar um acordo entre palestinos e israelenses. O conflito aumentou com a manutenção da política israelense de construção de imóveis na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. “O conflito Israel-Palestina é uma das fontes mais sérias de tensão das relações internacionais”, acrescentou.

Patriota apelou para que o Conselho de Direitos Humanos participe de maneira ativa no combate à xenofobia, ao racismo e à islamofobia. Segundo ele, é fundamental agir contra a intolerância. “A discriminação racial, sob qualquer forma, é incompatível com os direitos humanos”, disse. “A proteção civil deve ser implementada de maneira não seletiva.”


O ministro lembrou os impactos dos ataques dos drones (aviões não tripulados) sobre as populações civis e a necessidade de evitá-los. No segundo semestre, a ONU pretende investigar denúncias que envolvem mais de 20 ataques registrados no Oriente Médio e na África. Patriota defendeu ainda a atuação do grupo de trabalho que analisa as denúncias de execuções sumárias e arbitrárias.


O chanceler participa da reunião do Segmento de Alto Nível do Conselho de Direitos Humanos (CDH) que ocorre uma vez por ano. Os 20 Anos da Declaração e Programa de Ação de Viena e sobre o empoderamento da mulher são o tema da sessão este ano.

O Brasil foi eleito em novembro de 2012 para um mandato de três anos no Conselho de Direitos Humanos. Anteriormente, já exerceu o cargo por dois períodos consecutivos, de 2006 a 2011.

Acompanhe tudo sobre:Antonio PatriotaItamaratyMinistério das Relações ExterioresPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSíria

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil