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PEC da Segurança será enviada ao Congresso nas próximas semanas, diz Sarrubbo

Em evento em São Paulo, secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça também criticou tentativas de mudança de nome das Guardas Civis

Mário Sarrubbo: secretário Nacional de Segurança Pública disse que PEC da Segurança deve ser encaminhada ao Congresso Nacional nas próximas semanas (Isaac Amorim/MJS/Flickr/Divulgação)

Mário Sarrubbo: secretário Nacional de Segurança Pública disse que PEC da Segurança deve ser encaminhada ao Congresso Nacional nas próximas semanas (Isaac Amorim/MJS/Flickr/Divulgação)

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Publicado em 28 de março de 2025 às 17h06.

Última atualização em 28 de março de 2025 às 17h12.

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O secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Mário Sarrubbo, afirmou nesta sexta-feira que a PEC da Segurança deve ser encaminhada ao Congresso Nacional nas próximas semanas. Na sua avaliação, o governo espera o “momento oportuno” para enviar o texto ao Legislativo.

— Agora está na mão do presidente Lula e da ministra Gleisi Hoffmann [Relações Institucionais]. O último movimento que eu vi foi no sentido de que a ministra Gleisi estava conversando com as lideranças do Congresso para construir um diálogo e ver o momento oportuno de enviar — disse o secretário após seminário “Democracia, Justiça, Política e o Futuro do Ministério Público na Perspectiva Feminina”, na sede do MP-SP.

Sobre as críticas dos governadores à PEC, que afirmam que o texto poderia enfraquecer as administrações estaduais, Sarrubbo ponderou que os dirigentes foram atendidos e a expectativa é que o projeto possa tramitar de forma "saudável". No ano passado, governadores do Consórcio de Integração Sul-Sudeste (Cosud) se manifestaram contra a proposta.

— Acho que os governadores foram atendidos naquilo que pleitearam, de maneira que eu acredito que a PEC possa tramitar de uma maneira saudável no Congresso Nacional. Essa expectativa do ministro Lewandowski — completou.

O projeto, que há nove meses passa por alterações, tem como principal ponto a incorporação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) à Constituição. As polícias Civil e Militar seriam integradas em todo o território nacional e padrões de segurança seriam estabelecidos.

O ministro de Justiça, Ricardo Lewandowski, autor da PEC, defende a medida desde que assumiu o posto, mas viu a matéria emperrar dentro do próprio governo Lula, com a resistência de colegas de primeiro escalão e governadores. A versão final ainda não foi apresentada pela Casa Civil ao Congresso, onde precisa do apoio de três quintos dos parlamentares.

Nomes das GCMs

O secretário também comentou o movimento de prefeitos que buscam alterar o nome das Guardas Civis Metropolitanas. Após decisão do STF que reconheceu que as guardas podem fazer policiamento “ostensivo e comunitário”, diversos dirigentes tentaram alterar o nome da força para “Polícia Municipal”, o que tem sido contestado na Justiça, como mostrou O Globo.

Apesar de defender o papel da força, Sarrubbo acredita que o papel da GCM e das polícias é diferente, e por isso não deveriam compartilhar do nome.

— Tenho um entendimento muito seguro no sentido de que a decisão do Supremo não transforma a Guarda Civil em uma polícia. Isso tem alguns requisitos, algumas funções específicas. A decisão do Supremo deixou muito claro que a Guarda Civil continua com as suas funções originárias por vistas da legislação — pontuou.

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