(PMSP/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 12 de abril de 2025 às 14h35.
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado afirma que a população de São Paulo percebe um aumento de criminalidade nos últimos 12 meses maior do que o restante da população brasileira. O mesmo acontece com o medo de ter o celular roubado, segundo o levantamento realizado entre 1 e 3 de abril.
Em São Paulo, 64% dos entrevistados afirmam que a segurança piorou no período de um ano, 26% diz que a situação não mudou e 8% vê diminuição da criminalidade. No país, esses patamares são de 58%, 25% e 15%, respectivamente.
Apesar da percepção, o número de roubos e furtos caiu no ano passado em São Paulo. Foram 193.658 roubos, uma queda de 15% em relação a 2023. Esse é o menor patamar desde o início da série histórica. Já os furtos passaram para 555 mil no ano, 3,5% menor que em 2023.
Os homicídios, que estão em tendência de diminuição nas últimas décadas, também registraram seu menor valor em 2024, com 498 vítimas, 3,5% menos do que no ano anterior. Por outro lado, o número de pessoas que foram mortas após terem sido assaltadas — os latrocínios — subiu de 167 para 170, aumento impulsionado pela capital paulista, que teve dez crimes a mais em 2024 do que em 2023.
De acordo com a Folha de S. Paulo, 1.500 pessoas foram ouvidas em São Paulo. A margem de erro para os resultados estaduais é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Já para os resultados nacionais, com base em 3.054 entrevistas, a margem de erro é de dois pontos.
Já em relação ao roubo de celular, 43% da população de SP afirma que está sempre preocupada com esse risco. A média nacional é de 37%. Porém, a proporção de pessoas que disse ter tido o aparelho roubado em São Paulo foi a mesma do resto do país.
O Datafolha mostra ainda que, no país, um a cada 10 brasileiros diz ter o celular roubado nos últimos 12 meses — a única exceção é a região Sul, cujo índice é de 6% da população. Os casos também se concentram nas capitais e regiões metropolitanas e têm incidência menor no interior. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha no ano passado encontrou resultado semelhante. A estimativa é que mais de 14 milhões de pessoas sejam vítimas desse crime no período de um ano.
O Datafolha também revelou que, no país, a percepção de violência aumentou mais entre mulheres, entre moradores de regiões metropolitanas e na região Sudeste. É menor entre aqueles moradores das regiões Norte e Centro-Oeste e entre quem declara intenção de voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).