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"Pergunte o que as vítimas deles acham", diz Bolsonaro sobre presos mortos

O massacre ocorrido na última segunda-feira no presídio de Altamira, com 57 mortos, é o maior do país desde os 111 mortos no Carandiru, em 1992

Jair Bolsonaro: Presidente se pronuncia pela primeira vez sobre massacre no presídio de Altamira (PA) (Marcos Corrêa/PR/Palácio do Planalto/Reprodução)

Jair Bolsonaro: Presidente se pronuncia pela primeira vez sobre massacre no presídio de Altamira (PA) (Marcos Corrêa/PR/Palácio do Planalto/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de julho de 2019 às 11h22.

Última atualização em 30 de julho de 2019 às 11h28.

O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta terça-feira, 30, a morte de 57 pessoas no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT), no sudoeste do Pará, sendo que 16 deles foram decapitados. As mortes, causadas por uma briga entre facções, aconteceram na segunda-feira (29).

Questionado nesta manhã sobre o caso, Bolsonaro disse: "pergunta para as vítimas dos que morreram lá o que eles acham. Depois eu falo com vocês". Ele não deu nenhuma informação sobre o que o governo federal pretende fazer em relação ao episódio.

A maioria dos mortos (36) no massacre foi vítima de asfixia. Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), dois agentes prisionais chegaram ser feitos reféns e foram liberados. No início da tarde de segunda, o motim havia sido encerrado.

O massacre de Altamira é o maior do país desde os 111 mortos no Carandiru, em São Paulo, em 1992. É o quinto episódio de chacina prisional de grandes proporções desde 2017, quando casos desse tipo passaram a ser disseminados como elemento da disputa de território nas prisões e fora delas por parte de facções criminosas.

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